‘Um ser humano desse não serve para ser médico’, desabafa filha de paciente que teve morte ironizada por estudante de medicina em AL
A família de Lenilda Silva Nunes, a paciente que teve a morte ironizada nas redes sociais por uma estudante de medicina, informou nesta quinta-feira (9) que vai levar o caso à Justiça. “Está decidido que não vamos deixar passar em branco. O que ocorreu foi absurdo. Estou analisando os detalhes do ocorrido, para, junto com a família, decidir o que faremos judicialmente”, disse a advogada Luciana Omena.
Lenilda Silva Nunes tinha 62 anos. Aposentada por invalidez, ela morava com um filho e a nora em Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió. Na última terça-feira (8), com fortes dores no peito, Lenilda deu entrada na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, em Marechal Deodoro, onde a estudante fazia estágio.
Aline dos Santos Moreira acompanhou a sogra na unidade de saúde. Ela detalhou o atendimento da estagiária.
“No dia 8, demos entrada na emergência aqui de Marechal Deodoro. Fizemos todo o protocolo e depois da triagem, a estudante de medicina pediu para que a gente entrasse na sala. Ela estava com muita cara de sono, calada. Eu fui logo dizendo que ela [dona Lenilda] estava com muita dor no peito. E a estudante de medicina continuou calada, não esboçou nenhuma reação. E, em seguida, acredito que ao ouvir os gritos da minha sogra, o médico abriu a porta e já foi dando as devidas providências. Pegou ela e já foi mandando ir para outra sala e pediu para eu me retirar”.
A nora de Lenilda também contou sobre a notícia da morte e como a família ficou sabendo das postagens da estudante. “Quem deu a notícia ao filho foi uma enfermeira da unidade, juntamente com o médico que a atendeu e a dita estudante. [Soubemos dos posts] pelas redes sociais”.
Ainda abalada, Aline dos Santos descreveu que a sogra era “uma pessoa muita amada, divertida e muito vaidosa”.
Lenilda Alves deixou dois filhos e três netos. Natural de Alagoas, ela morou em São Paulo, onde ficou uma filha, e residia em Marechal Deodoro há 10 anos.
G1
Cabe processar o médico responsável pelo plantão por ter entregue a responsabilidade ao interno. Cabe processar o hospital, que permite este comportamento dos seus médicos ‘empregados.”.
Sou estudante de medicina no décimo período e a mim nunca foi delegado fazer qualquer procedimento sem a supervisão de um médico preceptor.