Taxa de desocupação cai em AL, mas ainda é maior que a média do país, aponta IBGE

Alagoas conseguiu uma redução de 2,7% na taxa de desocupação no segundo trimestre de 2019, em comparação ao mesmo trimestre de 2018, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (15). Com a taxa em 14,6%, contudo, o estado ainda fica com uma média acima da registrada no país, que é de 12%.

O atual levantamento do IBGE mostra que a desocupação recuou em 10 estados da federação no comparativo do 2º trimestre ano com o 1º trimestre. Neste recorte, Alagoas teve queda de 1,4%.

O estado ainda aparece como o segundo estado do com maior percentual de desalentados (15,2%), atrás apenas do Maranhão (18,4%). Os desalentados são as pessoas que tinham desistido de busca emprego ou trabalho no período do levantamento.

Os números ainda revelaram que Alagoas possui 28,6% da população considerada produtiva trabalhando por conta própria e 34,1% trabalhando sem carteira assinada. Restando 65,9% dos trabalhadores em atividade no setor privado atuando com carteira assinada.

Desigualdade e tempo de busca por trabalho

A pesquisa revelou ainda que a taxa de desocupação no Brasil, no 2º trimestre de 2019, foi de 12%, mas com diferenças significativas entre homens (10,3%) e mulheres (14,1%). Taxas mais elevadas entre as mulheres foram observadas em todas as grandes regiões.

As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (64,6%) tanto em todas as regiões. Taxa de desocupação foi de 10,3% para os homens e 14,1% para as mulheres

O percentual de mulheres na população desocupada no 2º trimestre de 2019 foi de 52,8%. Na Região Nordeste, os percentuais praticamente se equiparavam, enquanto na Região Sul a estimativa para as mulheres chegava a 55,5%.

Em relação ao tempo de procura, no Brasil, no 2º trimestre de 2019, 45,6% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho. Entre 2012 e 2015, houve redução da proporção de desocupados que buscavam trabalho há 2 anos ou mais.

Contudo, a partir de 2016, esse contingente apresentou crescimentos sucessivos, atingindo o maior percentual (26,2%) no 2º trimestre de 2019. Neste mesmo período, a proporção dos que buscavam trabalho há menos de um mês era 14,0%; enquanto aqueles com procura de 1 ano a menos de 2 anos chegava a 14,2%.

Taxa de desocupação

A taxa de desocupação corresponde, de acordo com o IBGE, à porcentagem do número da subutilização da força de trabalho, levando em consideração a insuficiência das horas trabalhadas diante do potencial da força de trabalho dos brasileiros.

Com isso, o levantamento avalia além dos dados do desemprego, ausência de registro de trabalho formal, expõe também os números referentes a desocupação por falta de trabalho informal e até mesmo de estudo.

G1

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