Especialistas podem pedir ajuda internacional para investigar causas das rachaduras no Pinheiro

Em entrevista ao Bom Dia Alagoas desta quinta-feira (17), o geólogo Thales Sampaio, do Serviço Geológico Nacional, afirmou que já entrou em contato com geólogos britânicos e, caso não sejam identificadas as causas das rachaduras no bairro do Pinheiro, em Maceió, eles devem pedir ajuda a especialistas de outros países.

“Entrei em contato com equipes britânicas e americanas para ficarem de prontidão em caso de necessitarmos de auxílio. Estaremos prontos para recebê-los no Pinheiro. Se, até o mês de março não entendermos o que está acontecendo, não detectarmos o que vem causando esse fenômeno, buscaremos ajuda internacional”, afirma o geólogo.

Para Thales o fenômeno é muito complexo e exige cautela por parte dos profissionais atuantes na força-tarefa, quanto à descoberta de possíveis motivos para o afundamento na região. Ele afirma ainda que não é possível saber se há uma grande cratera no bairro.

“Não posso dizer nada além disso, pois pode haver ou não. O posicionamento atual da equipe de geologia é de que não existe essa grande abertura, mas estamos nos estudos”, destacou Thiago.

Segundo a Defesa Civil Municipal, 777 imóveis no bairro estão na área vermelha e 50% das famílias que moram nesses locais já foram retiradas.

Um relatório do Serviço Geológico Nacional alerta para a necessidade da criação de um plano de emergência para um eventual esvaziamento emergencial do bairro.

Nesta quarta, o Ministério Público Federal (MPF) disse que estuda a possibilidade da quebra de sigilo nas investigações sobre as rachaduras do bairro do Pinheiro.

Rachaduras têm surgido em ruas e imóveis desde o início de 2018, após um período de fortes chuvas, seguidas de um tremor de terra.

Na última sexta (10), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou que o Governo Federal adote ações necessárias para agilizar a identificação das causas das rachaduras.

G1

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