Pesquisador da Ufal recebe o Prêmio Jovem Cientista

Estudantes e pesquisadores receberam, na tarde desta quarta-feira (5), o Prêmio Jovem Cientista. A cerimônia de premiação da 29ª edição ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Michel Temer. Entre os premiados está o pós-doutorando e pesquisador João Vitor Campos e Silva, associado ao programa Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos (Dibict), do Instituto de Ciências Biológicas (ICBS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

João Vitor foi o vencedor na categoria Mestre e Doutor. Ele analisou o impacto um modelo de manejo do pirarucu, peixe de alto valor comercial e cultural para a região do Amazonas, e que está ameaçado. O modelo estudado pelo pesquisador permite o abate modo mais consciente e sustentável. “É uma grande honra receber esse prêmio. Fico profundamente feliz com a possibilidade de divulgar e valorizar o trabalho que as comunidades rurais vêm fazendo na Amazônia”, afirmou.

Foi a preocupação com o impacto ambiental dessa prática que inspirou a tese de doutorado do biólogo, voltada para um manejo consciente do pirarucu e uso sustentável dos recursos naturais. “O modelo vem recuperando não só as populações de pirarucu mas outras espécies que garantem a segurança alimentar das comunidades, também estão sendo beneficiadas”, conta.

João Vítor –  que é natural de Piedade (SP) – é bolsista de pós-doutorado na Ufal e também atua como pesquisador e professor colaborador no ICBS na área de Ecologia e Conservação. Ele conta que desde a infância sonhava em trabalhar na floresta amazônica. “Trabalho há dez anos na Amazônia. E isso era um sonho de criança que se tornou realidade”, diz ao reforçar a importância da preservação da floresta.

A inspiração para o estudo, explica o pesquisador, veio do trabalho que as comunidades da Reserva Extrativista do Médio Juruá vêm fazendo. “Quando cheguei à região, há dez anos, fiquei impressionado com essa organização social e quis investigar isso sob uma perspectiva científica”, conta. “A Amazônia representa a maior porção de floresta tropical que restou no mundo. Ela é fundamental para a regulação do clima, das chuvas e de processos ecológicos. Portanto, a conservação dela é uma responsabilidade mundial que se não for levada a sério pode impactar de forma severa a vida de milhões de pessoas”.

Fonte: Assessoria

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