Justiça determina prisão domiciliar para advogado detido em operação

A 17ª Vara Criminal da Capital determinou, nessa quarta-feira (4), a prisão domiciliar para o advogado Igor Gonçalves Ferro, 24 anos, que havia sido detido em uma operação comandada pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), em Palmeira dos Índios, contra suspeitos de porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Segundo a defesa do advogado, a decisão foi motivada pela ausência da Sala de Estado-Maior.

Por telefone, o advogado do suspeito, Gedir Campos, explicou que o local é destinado a receber advogados, juízes e promotores alvos de prisão, em cumprimento ao Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pelo regimento, Igor deveria ter sido encaminhado à prisão domiciliar quando da deflagração da operação, que seu deu no dia 28 do mês passado, permanecendo em casa até o trânsito em julgado do processo.

“Aqui não há Sala de Estado-Maior, por isso, meu cliente deveria estar em casa. A Justiça determinou a prisão de Igor e, alternativamente, a conversão dela em domiciliar, mas a Polícia Civil desobedeceu à ordem e ele estava na Deic, que não tinha nem banheiro”, relatou o advogado, afirmando que a própria OAB – por meio da presidência – emitiu um posicionamento acerca da necessidade de o advogado ter sido conduzido para casa.

Gedir acrescentou, por sua vez, que a Justiça ainda não decidiu sobre a revogação da prisão. Caso não haja nenhuma decisão judicial neste sentido, a defesa deverá entrar com um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça (TJ).

“Nossa intenção é que ele não seja nem denunciado porque a prisão foi arbitrária, sem fundamento. O argumento da polícia teria relação com um parecer emitido por Igor – quando ainda era estagiário do Ministério Público [MP], neste ano, – opinando pela conversão de uma prisão por tráfico para uso de drogas. Ocorre que este parecer nunca foi aceito pela Justiça e meu cliente já é advogado e não tem mais nenhuma relação com o órgão ministerial. Vemos, portanto, um jovem de 24 anos que está começando a advocacia e preso de forma desnecessária”, complementou Gedir Campos.

ENTENDA O CASO

Seis pessoas foram presas, dentre elas, um advogado, em uma operação deflagrada, envolvendo equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar. Armas e drogas foram apreendidas no município de Palmeira dos Índios. Os suspeitos, de acordo com a polícia, fazem parte de uma organização criminosa.

De acordo com o delegado Mário Jorge Barros, que comandou a operação, foram cumpridos mandados de prisão e mais 10 de busca e apreensão no Agreste. As ordens judiciais foram expedidas pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, privativa do combate ao crime organizado.

Fonte: Gazeta Web

Um comentário em “Justiça determina prisão domiciliar para advogado detido em operação

  1. BELAS PALAVRAS DO ADVOGADO DO RAPAZ QUE INDICA SER UM ÓTIMO PROFISSIONAL, PORÉM, NÃO ACHO QUE A POLÍCIA IRIA COLOCAR A MÃO NESSE GAROTO SEM PROVAS E RAZÕES. ESTOU EQUIVOCADO NO CONTEÚDO DA MATÉRIA OU O SENHOR ADVOGADO ESTÁ QUERENDO DIZER QUE A POLÍCIA É O LOBO MAL E O SEU CLIENTE É A CHAPEUZINHO VERMELHO. BOM DEIXO ESTES MÉRITOS PARA A JUSTIÇA, MAIS, NÃO ACREDITO NA INOCÊNCIA DESTE RAPAZ NÃO, POIS, ACHO QUE A POLICIA NÃO IRIA PEGAR UMA BOLA MÁGICA PARA ADVINHAR QUE ESTE CIDADÃO ESTAVA COM LIGAÇÕES COM O GRUPO DE TRAFICANTES. SE TEM CULPA TEM QUE PAGAR MESMO.

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