Ministério Público oferta denúncia contra acusados de matar criança

Sem títuloCom base nas provas e depoimentos apresentados no inquérito policial entregue ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), a promotora de Justiça Marluce Falcão ofertou denúncia, nesta segunda-feira (28), em desfavor de Erinaldo Silva Farias e Genílson Alves da Silva pela morte da criança T.E.C.S, de apenas sete anos. Os dois são acusados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver pelo crime que ocorreu no dia 05 de abril, no bairro do Benedito Bentes. Erinaldo também responderá por estupro de vulnerável, após confessar ter praticado atos libidinosos com a menina.

Segundo a denúncia do MPE/AL, que levou em consideração a confissão e a delação do denunciado Erinaldo, a dupla tentou esquartejar a vítima quando ela ainda estava viva, desferindo-lhe golpes de faca, o que levou a menina a óbito em virtude das lesões provocadas. O esquartejamento seria a solução encontrada por Erinaldo e Genilson para ocultar o corpo da criança que, até então, encontrava-se desfalecida e sangrando na casa do primeiro. Momentos antes, Erinaldo teria acertado a cabeça da criança com um caibro de madeira, após ela reagir a uma investida de abuso sexual por parte do acusado, pouco antes de Genilson chegar ao local do crime.

De acordo o depoimento de Erinaldo, a ideia de esquartejar a menina partiu de Genilson, que, ao acreditar estar diante de uma criança morta, teria resolvido ajudar o amigo a sumir com o corpo. Com a tentativa fracassada de esquartejamento, eles decidiram ocultar o cadáver em uma cova rasa no terreno da residência de Erinaldo. O objetivo da dupla seria retirá-lo, posteriormente, quando cessassem a procura da vítima por seus familiares. “Os denunciados agiram com extrema torpeza e crueldade, motivados ora por lascívia e perversão sexual, ora pela busca da impunidade dos hediondos crimes praticados”, considerou Marluce Falcão na denúncia.

A participação de Genilson no crime foi confirmada no terceiro interrogatório de Erinaldo, após o MPE/AL requisitar nova oitiva dos acusados. Na ocasião, Erinaldo teria dito que mentiu no depoimento anterior para inocentar o amigo a seu pedido, mas que “agora estaria dizendo a verdade”.

Para a promotora, tanto a confissão como a delação de Erinaldo encontram-se em consonância com o depoimento de outras testemunhas do caso e os laudos periciais referentes ao ambiente do crime e ao corpo da vítima. “Cabe agora a apuração da verdade dos fatos à Justiça, sob o manto do contraditório e da ampla defesa, uma vez que Genilson continua negando qualquer participação no crime”, completa Marluce Falcão. Recebida a denúncia, o processo passa a ocorrer em segredo de Justiça.

Redação com agências

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