Olho Vivo: Banco de sangue do Hospital Santa Rita mesmo inaugurado não funciona para o público
Inaugurado na última sexta-feira (05), em solenidade registrada inclusive pela maior parte da imprensa local, o Banco de Sangue do Hospital Regional Santa Rita permanece sem funcionar para o público.
Em matéria publicada relativa a inauguração do Banco de Sangue, pela assessoria da prefeitura de Palmeira dos Índios, a gerente da Hemorrede Pública de Alagoas (Hemoal), Verônica Guedes, representante do secretário estadual de Saúde Christian Teixeira, falou da importância da Unidade para o município. “Comecei a minha vida na medicina estagiando neste hospital e fiquei triste quando ele deixou de fazer a coleta de sangue. Quem doa sangue doa vida e quer ter a facilidade de doar perto de sua casa. Trazer de volta a unidade de coleta e transfusão para Palmeira é maravilhoso. Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, e isso é muito bonito. Agora, esta unidade torna-se responsável por essa região. ”, destacou a gerente do Hemoal.
Acreditando que esse serviço já estaria disponível, algumas pessoas, já na manhã e tarde desta segunda-feira (08), dirigiram-se àquela unidade hospitalar para proceder inclusive à doação, quando encontraram as portas fechadas.
Segundo um desses virtuais doadores de sangue, que preferiu não se identificar, ao procurar a redação do Estadão Alagoas, indignado, questionou o porquê de uma inauguração tão divulgada se nada daquilo ainda teria condições de funcionar. “Isso só pode ser coisa com política no meio”, desabafou o pretenso usuário.
À solenidade de inauguração do Banco de Sangue, que em homenagem, leva o nome do renomado médico Dr. Wilson Costa, estiveram presentes, além de diversos convidados da sociedade palmeirense, políticos como o deputado estadual Edval Gaia, o senador Benedito de Lira e o prefeito Júlio Cezar, que na oportunidade, talvez até sem saber das carências que ainda não permitiriam àquela unidade o seu pleno funcionamento, afirmou que a população palmeirense já disporia, a partir daquele momento, dos referidos serviços indispensáveis à área de saúde. “Esse banco de sangue não é só de Palmeira. Agora, a gente passa a ter uma condição de autonomia do sangue e seus hemoderivados. Esse serviço novo coloca Palmeira na mesma direção de Maceió. Os municípios da região vão precisar muito dos serviços do Hospital. Tudo que for do hospital não vamos contencionar”, afirmou na ocasião.
Procurado pela redação do Estadão Alagoas, o provedor do Santa Rita, médico Pedro Gaia, afirmou que a atuação do Banco de Sangue no momento serve apenas para uso interno do Hospital e que o atendimento ao público depende dos desdobramentos de uma parceria entre o município de Palmeira dos Índios e o Governo do Estado de Alagoas.
De acordo com comentários de pessoas ligadas àquela instituição, não existe data prevista para o pleno atendimento daquela extensão do hospital palmeirense. O que parecia claro, é que o banco de sangue já funcionaria a partir de sua entrega ao hospital e a população, o que não se vê até o momento.