Diagnóstico precoce da tuberculose aumenta chances de cura, ressalta Sesau
Considerada uma doença altamente transmissível, que afeta principalmente os pulmões, a tuberculose, causada pelo bacilo de Koch, ainda se mantém presente em território alagoano. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforça a necessidade do diagnóstico em tempo oportuno, para que o tratamento seja eficaz, as chances de cura dos pacientes aumentem e não haja sequelas e óbitos.
Para realizar o diagnóstico da tuberculose, o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência, onde será realizado o teste rápido molecular ou a baciloscopia. Para isso, a pessoa deve estar há pelo menos três semanas com tosse persistente, que pode ser seca ou com secreção, além da ocorrência de febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.
Para a enfermeira do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Ednalva Araújo, o diagnóstico precoce da doença é essencial para o sucesso do tratamento, além de evitar que o paciente contamine outras pessoas. “A partir do momento que se inicia o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença para as pessoas em seu convívio”, explicou Ednalva Araújo.
A enfermeira destacou, ainda, que as pessoas devem lembrar que o tratamento dura seis meses e deve ser levado até sua conclusão, sob risco de o paciente desenvolver formas mais resistentes da doença, em casos de abandono do tratamento. Ela explicou que todo o curso terapêutico é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio das UBSs municipais, que contam com o apoio técnico da Sesau.
“É importante ressaltar, no entanto, que o abandono do tratamento pode levar a quadros mais graves da tuberculose e o desenvolvimento de formas mais resistentes da doença. Com isso, o tratamento passa a ser mais complexo e demorado, podendo chegar a 18 meses”, alertou Ednalva Araújo.
Dados
Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), Alagoas registrou um índice de mortalidade de 2,3 óbitos por 100 mil habitantes no período de 2019 a 2023. Neste período, a média foi de 1.025 novos casos da doença, tendo sido registrados 1.157 casos somente no ano passado.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o combate à tuberculose é um dos focos da atual gestão. De acordo com ela, a doença deve ser encarada também como um problema social, pois é mais comum em moradias precárias, com grande número de pessoas e pouca circulação de ar.
“Por isso, a Sesau está comprometida em priorizar o diagnóstico e o tratamento em tempo oportuno. Para isso, o Estado tem capacitado os técnicos municipais, que fazem o trabalho de diagnóstico e tratamento dos pacientes, por meio da Atenção Básica”, salientou o gestor da saúde estadual.