Contra fim da escala 6×1, Celso Russomanno folgou 195 dias em 2024

 

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) encabeçada pela deputada Erika Hilton (Psol/SP) continua rendendo polêmica. O projeto já alcançou o apoio necessário para começar a tramitar no Congresso, mas deve enfrentar dificuldades, principalmente diante de parlamentares que são contra a medida, como o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos/SP).

O apresentador do quadro Patrulha do Consumidor, exibido pela Record no Cidade Alerta, não assinou a proposta que prevê a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. Além de Celso Russomanno, outras personalidades, como o pastor Silas Malafaia, o empresário Luciano Hang e os deputados Nikolas Ferreira e Sóstenes Cavalcante, ambos do PL, também são contra a medida.

Diante da situação, internautas começaram a levantar os números referentes ao trabalho de alguns parlamentares no Congresso Nacional. De acordo com o perfil Análise Política no X, antigo Twitter, Celso Russomanno trabalhou apenas 100 dias no plenário este ano e folgou 195Nikolas Ferreira (PL/MG), por sua vez, teve 107 dias trabalhados no Congresso e 179 folgas, com 18 faltas não justificadas. Mário Frias tem acumulados 86 dias trabalhados contra 219 folgas e 11 faltas. Já o deputado federal Tiririca (PL/SP) trabalhou apenas 68 dias, folgou 218 e teve 30 faltas.

Apesar de já ter as 171 assinaturas necessárias para tramitar no Congresso, a PEC ainda tem um árduo caminho pela frente. O primeiro passo é a apresentação oficial do projeto, que, em seguida, será analisada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A CCJ é responsável por avaliar a admissibilidade da proposta. Depois, ela passa por comissões especiais e uma série de audiências públicas.

Famosos contra a PEC

Quem também se colocou contra a PEC que prevê a redução da escala de trabalho foi o influenciador Leo Picon. Na semana passada, ele disse que os trabalhadores seriam “prejudicados” caso o texto fosse colocado em prática. Em entrevista, ele afirmou que o projeto poderia prejudicar os empresários brasileiros.

“A primeira coisa que eu trago é a viabilidade disso, que foi meu questionamento. A gente fala de diminuir de 44h para 36h e a gente tem que entender a realidade do empresário brasileiro”, comentou. “As pessoas pintam esse empresário como um cara que tirasse R$ 44 mil por mês, tivesse auxílio paletó, avião e todas essas coisas, e não é a realidade, são pequenos empresários que sustentam o Brasil”, explicou o irmão de Jade Picon, fazendo uma referência a políticos do Congresso Nacional.

Em seguida, Leo Picon afirmou que o principal prejudicado com a PEC seria o próprio povo. “É uma ideia que, no fim, quem seria prejudicado é o povo. É uma ideia populista, porque você fala isso pra uma população que sofre isso com ônibus lotado, falta de dinheiro, falta de presença do estado, com um dos Congressos mais caros do mundo”, disse.

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