Paulo diz que Segurança Pública está “blindada” contra interferência política: “Quem cometer crime vai ter que pagar”

 

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), disse, nesta segunda-feira (18), que a Segurança Pública está “blindada” contra interferências políticas e que “quem cometer crime, seja lá quem for, vai ter que pagar”.

A afirmação se deu após o repórter Rogério Costa questioná-lo sobre o resultado da investigação do homicídio do blogueiro Adriano de Farias, em Junqueiro. A Justiça mandou prender a mãe e o irmão do prefeito da cidade por suspeitas de serem os mandantes do crime.

Paulo destacou o avanço das investigações, mesmo contra parentes de um aliado político. “Eu não tenho a menor dúvida de que o trabalho que é realizado pela delegacia geral, que é comandada pelo Gustavo Xavier, sempre vai apresentar uma investigação baseada em provas, evidências”, frisou ele.

O chefe do executivo estadual destacou que a punição a criminosos, sejam eles quem forem, é uma determinação do governo para a Segurança Pública. “Nós não admitimos esse tipo de comportamento em bairro nenhum de Maceió, em nenhuma cidade. Por isso que eu falo: quem tiver pensando em cometer algum ilícito, fazer algo errado, dá tempo de dar um passo atrás e não realizar o que está pensando fazer, porque caso alguém cometa algum tipo de crime, com certeza a polícia vai investigar e vai prender”, concluiu.

CASO ADRIANO DE FARIAS

Críticas contundentes contra um grupo político local teriam sido o motivo do assassinato do blogueiro Adriano de Farias, em Junqueiro, de acordo com a investigação da Polícia Civil de Alagoas. O inquérito policial teria descoberto que a vítima vinha sendo ameaçada e sofria represálias.

A polícia identificou os nomes de dois possíveis mandantes, e a Justiça decretou a prisão preventiva deles. Segundo o deputado federal e o ex-delegado da Polícia Civil Fábio Costa (Progressistas), esses suspeitos seriam Valdir Silva e Rejane Maria da Silva, respectivamente, irmão e mãe do prefeito de Junqueiro, Leandro Silva (MDB).

A investigação sobre o assassinato mostra que o crime tratou-se de uma execução cuidadosamente planejada, conforme a polícia. Desde a prisão do segundo suspeito, José Fábio de Lima, em 30 de setembro deste ano, a polícia já apontava para o planejamento do crime, tendo em vista que coube a José Fábio monitorar a vítima para repassar as informações aos executores.

O primeiro preso, Carlos Henrique Ferreira Santos, segundo a polícia, atuou na execução direta do crime. Ele estaria no carro que emparelhou junto ao carro de Adriano e fez os disparos. Outro suspeito, que também teria participado da execução do crime, está foragido. Ele foi candidato a vereador este ano em Junqueiro.

O pedido de prisão dos suspeitos foi realizado, de acordo com a polícia, para garantir a ordem pública e preservar o andamento das investigações, em razão dos riscos de intimidação de testemunhas e destruição de provas.

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