Prefeito eleito em Porto de Pedras é investigado por coação
Passadas as eleições no país, os candidatos eleitos devem ser diplomados até 19 de dezembro para, só então, transformarem em realidade a posse nos cargos disputados nos pleitos municipais de 2024. Muitos, no entanto, só vão poder assumir o cargo eletivo conquistado nas urnas eletrônicas após os resultados das investigações sobre denúncias realizadas contra eles no decorrer da campanha eleitoral.
Essas denúncias ainda estão sendo remetidas pela Procuradoria Regional Eleitoral às promotorias eleitorais para confirmação ou arquivamento. Se a ação de Investigação Judicial Eleitoral for julgada procedente pela Justiça, ela pode resultar na cassação do diploma dos eleitos, além de inelegibilidade por 8 (oito) anos.
Nesta situação está incluído o prefeito eleito de Porto de Pedras, no Litoral Norte de Alagoas, Allan de Jesus Silva (MDB), que obteve 51,25% dos votos válidos no município e está sendo investigado pela prática de coação eleitoral (art. 301 do Código Eleitoral). A denúncia caminha na 12ª Zona Eleitoral de Passo de Camaragibe (Notícia de Fato nº 1.11.000.001134/2024-94) desde o início deste mês de novembro.
No processo, o então candidato a prefeito, atual vereador de Porto de Pedras, foi acusado de circular pelo município, durante a campanha, com uma equipe de homens armados, que abordavam munícipes com intuito de intimidar àqueles que declaravam voto ao candidato opositor.A denúncia foi oferecida por intermédio da Sala de Atendimento ao Cidadão e enfatiza que essa equipe de “assessores” do prefeito percorria o município num Fiat Toro (placa RGO8A15) exibindo armamento pesado e de grosso calibre, como escopetas, pistolas e 9mm e até um fuzil.
O prefeito eleito também foi acusado de restringir o direito de ir e vir da população do pacato município praieiro, aplicando o “toque de recolher” e, diante dessa conduta, ter instalado na cidade um clima de terror. Allan de Jesus é o atual presidente da Câmara dos Vereadores de Porto de Pedras, eleito em 2020 pelo extinto Democratas (DEM) para o mandato que termina este ano.