Acordo com influenciadores cria fundo para ressarcir vítimas do Tigrinho


As investigações relacionadas à Operação Game Over, que teve como alvo influenciadores digitais suspeitos de envolvimento de jogos de azar online clandestinos, como o “jogo do tigrinho”, foram encerradas após a celebração de acordo de colaboração premiada entre os investigados e a Polícia Civil de Alagoas que garantiu a criação de um fundo de mais de R$ 1 milhão para ressarcimento de vítimas.

Segundo o delegado Lucimério Campos, titular da Delegacia de Estelionato, cerca de 50 vítimas procuraram a polícia e comprovaram que perderam valores que variam de R$ 1.500 a mais de R$ 500 mil ao se cadastrarem na plataforma de apostas com os links divulgados por esses influenciadores.

Além da criação do fundo para reparar as perdas das vítimas, os influenciadores pagaram uma multa ao Estado, por meio de doação de bens e equipamentos e construção de uma sede para a Delegacia de Estelionatos em Maceió.

O acordo contou com parecer favorável do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual (MPAL) e foram homologados pelo Colegiado de Juízes da 17ª Vara Criminal de Maceió.

Dos bens e valores apreendidos durante a Operação Game Over, o acordo homologado perante a 17ª Vara Criminal assegurou também recursos para ressarcir as vítimas do inquérito policial. Bens e valores apreendidos dos investigados somaram mais de R$ 38 milhões.

A colaboração premiada é um instrumento jurídico que permite que investigados e réus contribuam com informações relevantes para a elucidação de crimes, auxiliando na identificação de outros envolvidos ou na recuperação de valores ilícitos. Em contrapartida, os colaboradores podem receber benefícios legais, como a redução de penas ou até o perdão judicial, a depender do grau de colaboração e dos resultados obtidos para a investigação.

Segundo o delegado Lucimerio Campos, titular da Delegacia de Estelionato, a investigação desvendou um esquema que envolvia a promoção ilegal de jogos por meio de plataformas digitais, utilizando “Contas Demonstração” que simulavam apostar reais, mas que tinham o objetivo de captar apostadores/seguidores de forma irregular, causando prejuízo financeiro e emocional a diversas pessoas.

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