Promotora afirma que vítima foi torturada por irmãos antes de ser morta
A promotora Adilza de Freitas iniciou suas considerações no julgamento dos irmãos acusados de assassinar o auditor fiscal João de Assis Pinto Neto, nesta sexta-feira, 1º de novembro, afirmando que vítima foi torturada por seus algozes, teve os dedos cortados, a perna quebrada e foi asfixiada, antes de receber as facadas que ceifaram sua vida em agosto de 2022.
São julgados no caso os irmãos Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo da Silva e João Marcos Gomes de Araújo; a mãe deles, Maria Selma Gomes Meira; e Vinicius Ricardo de Araújo Silva. Os cinco foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, além dos crimes conexos de fraude processual, corrupção de menor e ocultação de cadáver.
A promotora afirmou que o réu Ronaldo Araújo foi o autor dos golpes de faca e que os demais participaram ativamente do assassinato, ao contrário do que estão tentando sustentar, que o crime foi praticado apenas por Ronaldo numa tentativa de livrar os outros envolvidos.
“O Tribunal do Júri é ligar de suor, luta e lágrimas. Suor da nossa beca em busca pela justiça, luta para que a verdade prevaleça e que hoje possamos defender a dignidade da vítima. E lágrimas da esposa e dos filhos que sofrem a dor. Depois de toda a dor do luto, os criminosos e a defesa ainda tentarem arranhar a conduta da vida profissional de um homem íntegro para justificar uma barbárie. Expuseram sua imagem fazendo a família sofrer de novo. Não costumo pegar o ‘nada consta’ das vítimas, mas nesse caso fiz questão de pegar para desfazer o que tentam atribuir a João de Assis”, disse na abertura de sua fala no julgamento.
Os réus disseram nos depoimentos que a motivação do crime foi revolta pela chantagem que o auditor fazia à família. O estabelecimento de propriedade dos réus estava sendo investigado por compra e venda e mercadorias roubadas.
Julgamento dos réus acusados no assassinato do auditor João de Assis será encerrado na manhã desta sexta-feira