Alagoas já registrou 15 casos de meningite e 8 óbitos este ano

 

Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) indicam que, de 1º de janeiro até 21 de agosto deste ano, foram registrados 15 casos de doença meningocócica em Alagoas, sendo 12 em Maceió. Do total de casos, 10 foram do tipo B, três não têm identificação sorológica definida e dois ainda estão em análise para determinar a classificação do sorogrupo.

Com relação aos óbitos, oito foram confirmados em 2024 até o momento, sendo seis do tipo B, um classificado por critérios clínicos e um aguardando a análise do sorogrupo.

A Sesau participou, nesta quarta-feira (21), de uma audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) para discutir a situação dos casos de doença meningocócica no estado.

Na audiência pública, a Sesau apresentou as ações realizadas para combater a doença no estado, como a capacitação de profissionais e a estruturação de um fluxo de atendimento e tratamento ágil e eficaz na rede estadual de saúde.

Além disso, o protocolo de assistência foi atualizado nos setores de regulação de leitos e transporte sanitário dos pacientes, com este último passando a ser realizado exclusivamente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para casos de meningite registrados em Maceió.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, destacou que a pasta tem atuado em conjunto com o Governo Federal e as gestões municipais para implementar as medidas necessárias ao enfrentamento da doença.

“Estamos em contato constante com os 102 municípios, com o objetivo de monitorar e prestar todo apoio necessário, desde o diagnóstico até o tratamento ideal. Nosso objetivo é sempre atuar para prevenir outros óbitos, como sempre nos reforça o governador Paulo Dantas”, frisou.

Fluxo

A médica pediatra e assessora técnica da Sesau, Marta Celeste, explicou aos participantes da audiência sobre as mudanças realizadas no fluxo de atendimento para casos de meningite.

“Nosso objetivo foi agilizar a assistência. Atualizamos o protocolo de atendimento para melhorar a qualidade do diagnóstico precoce. Também vamos ampliar as fiscalizações nas unidades de saúde. O estado toma a frente no sentido de garantir o diagnóstico, leitos, transporte e tratamento adequado para os alagoanos”, pontuou.

O diretor do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) do Ministério da Saúde, Eder Gatti, participou da audiência de forma remota e destacou que a pasta federal tem acompanhado de perto a situação em Alagoas e atuado em conjunto com a Sesau.

“O Ministério da Saúde tem ficado em alerta. O que está acontecendo em Alagoas também está acontecendo em outros estados, como o Pará, e estamos monitorando de perto junto às Secretarias de Saúde. A incorporação da vacina para o tipo B da doença meningocócica no Programa Nacional de Imunização (PNI) está em andamento e esperamos ter novidades em breve”, disse.

Além de integrantes da Sesau, do Ministério da Saúde e do MPF, a audiência pública contou com a presença de representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió, da Sociedade Alagoana de Infectologia (SAI), da Sociedade Alagoana de Pediatria (SAP), do Conselho Regional de Medicina (CRM), bem como médicos e especialistas no tema. A secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesau, Thalyne Araújo, e outros técnicos da secretaria também estiveram presentes na audiência pública.

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