Chacina: vítimas usavam motel com frequência para confraternizações aos fins de semana

 

O delegado Thales Araújo, integrante da comissão que investiga a chacina dentro de um motel, no município de Maribondo, afirmou, em entrevista nesta segunda-feira (22), que as quatro vítimas tinham o costume de utilizar o estabelecimento para confraternizações.

“Os indivíduos tinham por hábito se confraternizar naquele local, durante os finais de semana, envolvendo consumo de bebida alcóolica. Sempre estavam os quatro, segundo relatos, mas, às vezes, havia presença de garotas ou mais pessoas”, disse a autoridade policial.

De acordo com ele, no dia do crime, somente as vítimas estavam presentes, sem outras pessoas. Eles chegaram ao local por volta de 17h, começaram a ouvir música e consumir bebida alcóolica.

“O que se sabe também é que uma das vítimas tinha envolvimento com tráfico e organização criminosa, ali na cidade de Maribondo, o que é a hipótese mais plausível de haver alguma relação, de ser o motivador da execução”, afirmou Araújo, que completou: “Um deles já respondia criminalmente por uma outra situação, que, aparentemente, não tem relação com esse caso. A linha mais plausível é que a execução tenha, de fato, uma situação com o envolvimento com o tráfico do executado”.

O motel não tinha câmeras de videomonitoramento. Claudionor Antônio dos Santos, de 45 anos; Lucas Toledo dos Santos, de 23 anos; José Márcio dos Santos, de 28 anos; e José Wanderson da Silva, de 27 anos, são os quatro mortos a tiros na chacina.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), as quatro vítimas eram alagoanas e moravam no mesmo município. Os corpos passaram pelo exame de necropsia e, em seguida, foram adotados os protocolos de liberação para sepultamento.

A partir desta segunda (22), os depoimentos de testemunhas do caso serão coletados. A investigação do caso será realizada pela Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e pela Diretoria de Inteligência da Polícia (Dinpol). As duas são comandadas, respectivamente, pelos delegados Igor Diego Vilela e Thales Araújo.

Como aconteceu?

As primeiras informações apontam que dois homens chegaram ao motel, perguntando pelo proprietário de um veículo que estava estacionado no local.

Vestindo roupas camufladas, eles disseram ser integrantes da Polícia Federal e ordenaram que os ocupantes do quarto abrissem a porta. Ao entrarem no cômodo, a dupla pediu que todos deitassem no chão, com as mãos na cabeça, antes de executá-los.

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