Alagoas está entre os estados do NE com menos casos de doença de Chagas

 

Alagoas está entre os Estados do Nordeste com menos casos de doença de Chagas crônica em um ano. Foram 91 ocorrências de doença crônica de 6 de janeiro de 2023 a 6 de janeiro de 2024, segundo boletim do Ministério da Saúde, sendo o 6º da região com o menor número de registros. No entanto, esse número pode ser maior, uma vez que esse balanço foi produzido através dos perfis cadastrados no e-SUS Notifica, do Ministério da Saúde.

A doença de Chagas é infecciosa e causada por um parasita encontrado nas fezes do inseto barbeiro, que, ao picar uma pessoa, deposita suas fezes no ferimento, contendo o protozoário Trypanosoma cruzi.

A doença também pode ser transmitida por mucosas dos olhos, nariz, boca, feridas ou cortes na pele, onde as fezes do barbeiro entram, atingindo a corrente sanguínea e causando problemas, como insuficiência cardíaca, megacólon e megaesôfago. Na fase crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ou no esôfago e intestino.

Segundo Renan Souza, responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle da Doença de Chagas da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), o inseto barbeiro é comumente encontrado em casas de taipa, pau-a-pique e madeira. “É crucial manter o ambiente limpo, sem entulho, e rebocar as paredes internas das casas para evitar que o inseto se esconda em frestas na parede”, aconselhou.

Renan Souza destaca a importância de capturar o inseto e levá-lo aos postos de saúde para testes de contaminação. Ele informa que, dos 102 municípios alagoanos, 54 têm presença do agente transmissor da doença de Chagas, principalmente nas regiões do Agreste, Zona da Mata e Sertão, com monitoramento constante em outras localidades.

Conforme o e-SUS Notifica, a Bahia é o Estado do Nordeste com o maior número de casos da doença, com 535 registros, seguido por Pernambuco (475), Ceará (225), Paraíba (199) e Rio Grande do Norte (115). Alagoas ocupa o 6º lugar, com 91 casos, à frente de Sergipe (66), Maranhão (32) e Piauí, o Estado com o menor número, registrando apenas 19.

SINTOMAS E TRATAMENTO

Na fase aguda da doença, os sintomas incluem febre, mal-estar, falta de apetite, inchaço das pálpebras ou outras partes do corpo, aumento do baço e fígado, e distúrbios cardíacos, frequentemente confundidos com outros problemas na ausência de diagnóstico. Na fase crônica, ocorre comprometimento do coração e do aparelho digestivo.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *