Lula em AL: Elogios a Arthur e bolsonaristas nos palanques irritaram petistas

 

 

 

 

 

 

Depois de visitar Alagoas a menos de 15 dias, assinar ordem de serviço do canal do Sertão em São José da Tapera e, em Maceió, entregar unidades habitacionais, o presidente foi embora deixando uma legião de petistas magoados com ele.

Através do WhattsApp circula, entre poucos, um texto feito por um destacado político local reclamando do atendimento ruim aos membros do PT, e do ótimo tratamento dado por Lula a políticos  bolsonaristas, caso do prefeito de Maceió JHC (PL) e do deputado federal Arthur Lira(PP-AL).

Eu me comprometi a não revelar a fonte. Retirei do texto trechos que podem identificá-lo. Leia abaixo os principais pontos e tire as suas conclusões:

“Como fazer uma base boa em Alagoas se quando o presidente Lula vem ao estado chama Arthur Lira de companheiro e lhe faz juras de amor para um público imenso e que idolatra o presidente, como é o caso do Sertão? Aquelas pessoas não são politizadas, então, a mensagem que fica é “Arthur é amigo do Lula, então vamos votar nele”.”

“Nosso deputado federal Paulão esteve naquele palanque (São José da Tapera), mas não foi citado uma única vez sequer pelo presidente Lula. Em Maceió, ocorreu a mesma coisa. Lula levantou a bola de todos, num palanque recheado de bolsonaristas locais.”

“No evento em Maceió, Ricardo Barbosa, presidente estadual do PT e pré-candidato a prefeito de Maceió estava no palanque. Mas ele foi citado? Lhe foi feita alguma deferência? O que isso custaria ao Lula? Paulão se coloca como pré-candidato ao Senado.  O presidente Lula vem aqui e nos ignora.”

“Bolsonaro sempre que vem a Alagoas valoriza sua base de apoiadores, sejam eles parlamentares ou o que a extrema-direita tem como base popular, sempre os prestigiando. Fazia isso quando era presidente e o faz agora, quando só faz política eleitoral rodando o país.”

“No hotel em que Lula ficou em Alagoas, várias pessoas tiraram fotos com ele, mas nossos pré-candidatos a vereador e a prefeitos não conseguiram. Nada. Zero.”

“No INSS, a fila “invisível”, em alguns casos, passa de 200 dias. São 200 dias em que o trabalhador fica sem salário por aguardar uma perícia. Na educação, servidores revoltados porque o governo quase não negocia. Movimentos sociais de luta pela terra, e outros, com suas pautas sem encaminhamento.”

“Estamos perdendo nosso público, nosso eleitorado. O partido quer dobrar nossa bancada em Brasília. Como, elogiando os Liras da vida? Tratando nossa base e nossos pré-candidatos assim? Ignorando aqueles que exercem mandatos?”

“Muito têm me falado para eu ser candidato a deputado federal em 2026, mas como? Como posso concorrer com os “liras da vida”, sempre elogiados e colocados como prioridade nos discursos da nossa principal liderança política? Os “liras da vida”, não tenham dúvida, quando puderem nos comerão vivos, vão nos eliminar.”

“Entendo a necessidade de contemporizar com a direita, ainda mais a que se diz base do governo, mas também é importante nos valorizar, até para nos fortalecer enquanto alternativa política aos caciques da política local. Sem ao menos isso, com que cara pediremos votos aos movimentos sociais, do campo e da cidade, que saiam às ruas nestas eleições ou em 2026?”

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