Alagoas no topo da Ciência

 

O hoje reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, foi o principal anfitrião de um dos maiores eventos do país que recebeu, semana passada, em Maceió, mais de 300 pessoas entre pesquisadores internacionais, nacionais, professores, mestrandos, doutorandos e estudantes na área da inovação. O megaevento foi voltado à propriedade intelectual e transferência de tecnologia, que foi o ProspeCT&I, o VIII Congresso Internacional do Profnit.

A Rede Profnit é um Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação dedicado ao aprimoramento da formação profissional para atuar nas competências dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e nos Ambientes Promotores de Inovação em diversos setores: acadêmico, empresarial, governamental e organizações sociais.

E quis o destino que esses dois personagens — Kelyane e Tonholo — se cruzassem mais uma vez, agora no evento realizado em Maceió. A Tribuna aproveitou uma “brechinha” do concorrido megaevento para conversar com Kelyane.

“Uma pessoa humilde, que enfrentou dificuldades e cursou escolas públicas de qualidade e que, depois, chegou a uma das maiores universidades do Brasil, a UFRJ {Universidade Federal do Rio de Janeiro)”, ressalta o reitor.

“Muito orgulho ver Kelyane, egressa da Ufal, e depois chegar a um cargo de destaque no Ministério. Ela é uma prova viva de um instrumento de transformação de sua comunidade. Uma certeza: a Educação transforma”, arremata Tonholo, ao exaltar a ex-pupila da Fundepes.

“Só me tornei quem eu sou na área de inovação e tecnologia graças à Ufal e à inspiração de professores como o atual reitor Josealdo Tonholo, com quem tive o privilégio de trabalhar ao lado acompanhando sua atuação seja na incubadora de empresas da Ufal, seja nos projetos da Fundepes onde trabalhei de estagiária à supervisora e daí aflorou o desejo antigo de ser uma cientista”, confirma Kelyane.

A trajetória da menina

Kelyane então cresceu e estudou em Maceió e foi a primeira integrante da família a ingressar numa universidade pública, a Ufal, no Curso de Ciências Contábeis, onde deu início a pesquisas na área de inovação e propriedade intelectual que a lançaram numa jornada com passagens por Lisboa, Portugal (mestrado entre 2011 e 2014), Espanha -Madri (pesquisa para doutorado por um ano 2017-2018), Rio de Janeiro (onde dirigiu a Agência de Inovação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e se tornou professora concursada) e, agora, Brasília, onde assumiu um dos cargos mais importantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

“Pois é, o diferencial na minha vida foi o estudo”, resume a hoje comandante coordenadora-Geral de Políticas de Inovação do Ministério.

“O Tonholo me incentivou muito na formação de ser uma cientista, porque me mandou fazer cursos de formação na área de inovação e depois para ir a Portugal. E quando eu ficava em dúvidas de sair daqui de Alagoas, ele dizia: “Você vai!”. completa Kelyane.

No reencontro com a pupila, em Maceió, sob testemunha da Tribuna no Congresso do ProspeCT&I, o VIII Congresso Internacional do Profnit, a agora doutora e Tonholo se abraçaram fraternalmente e ele disse: “Viu que eu estava certo!” e completou, ao brincar com a representante do Ministério: “Olha lá o que vai falar sobre mim nesta reportagem, hein!”, completou Tonholo.

“Tive a chance de ter ao lado de outros nomes como o professor e ex-secretário de Ciência e Tecnologia Eduardo Setton (de quem foi chefe de gabinete e diretora na Fapeal), a professora Aline Ramos (atual coordenadora administrativa do LCCV, na Ufal), a professora Silvia Uchôa (coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da Ufal), entre outros”, cita Kelyane.

“Todas essas pessoas são anjos que atravessaram na minha trajetória, desde meu pai, minha irmã, na pesquisa veio o Tonholo e os outros, como o Setton, a Aline, a Silvia e os professores da UFRJ”, completa.

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