Alagoanos somem após embarcar em ônibus de São Paulo para Maceió
Dois alagoanos estão desaparecidos desde o dia 9 de maio após embarcar em um ônibus em São Paulo, com destino à capital alagoana. Segundo as famílias de Erinaldo Clemente da Silva e Júnior Silvino da Silva, a previsão é que eles chegariam a Maceió no dia 10. O ônibus interestadual chegou, mas eles não.
O caso está sendo acompanhado pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos do Ministério Público de Alagoas- PLID/AL.
Os parentes disseram que Erinaldo e Júnior saíram do Paraná com destino a Maceió. Mas antes eles fizeram uma parada em São Paulo. Do estado paulista, eles subiram no ônibus no dia 8 e, no dia 9, um deles ainda manteve contato com a irmã, afirmando que tinha parado para jantar e o ônibus foi embora, deixando ele e o amigo no caminho.
“Ele saiu dia oito e dia nove ainda consegui falar com ele. Ele falou que tinha descido em uma parada para jantar e na volta o ônibus não estava mais. Ele falou para mim: ‘Minha irmã, as malas agora ficaram no ônibus e a gente ficou só com a roupa do couro’. Depois de quinta para cá não consegui mais contato com ele. Eles não estavam com a mala, porque meu irmão estava tentando ligar para a empresa e não estava conseguindo. E do dia nove para cá não consigo fala nem pelo WhatsApp, nem por ligaçaõ direta”, relata Sandra, irmã de Júnior.
Já Rosileide, irmã de Erinaldo Clemente, relata que as duas famílias procuraram à polícia e registraram um Boletim de Ocorrência. Os parentes querem ter acesso às câmeras de videomonitoramento do trajeto para identificar onde os dois desceram e qual destino as malas deles tomaram.
“Está todo mundo preocupado, querendo uma resposta da empresa. Tem que ter uma resposta. Onde eles deixaram esses passageiros?”, questiona a mulher.
Ela diz que Erinaldo não desceria em nenhum outro destino, que não fosse Maceió, porque ele faria uma surpresa de dia das mães.
“Meu irmão vinha superfeliz porque ia fazer surpresa para os dia das mães e meu irmão não chegou, infelizmente. Somos duas famílias desesperadas. A gente já procurou a polícia, fez boletim, mas infelizmente a empresa disse que só pode dar [imagens] com ordem do juiz, já deveria ter dado essas câmeras, cadê os motoristas, cadê as paradas? Onde eles ficaram? A empresa veio pedir a gente o bilhete da viagem, e como a gente tem esse bilhete se eles saíram de São Paulo?”, expõe dona Rosileide.
O Plid está acompanhando o caso e chegou a divulgar a imagem de Júnior Silvino nas redes sociais para ajudar nas buscas pelo paradeiro dele.
