Servidores da Educação relatam tremor em bairro vizinho ao local da mina, mas Defesa Civil descarta abalo sísmico

Funcionários da Secretaria de Estado da Educação (SEE), localizada no bairro do Farol, em Maceió, acionaram a Defesa Civil Municipal na manhã desta quinta-feira (7) relatando que sentiram um tremor de terra. O órgão fica a pouco mais de 1 km do local da mina da Braskem que pode colapsar. A Defesa Civil enviou técnicos ao local, que descartaram qualquer abalo sísmico.

Os servidores estavam trabalhando na Superintendência de Valorização de Pessoas, dentro do Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas (CEPA), o maior complexo escolar do estado, quando disseram sentir o chão tremer. Segundo a SEE, não houve correria de funcionários nem de alunos.

A Defesa Civil do Município informou que os equipamentos instalados na região não registraram sismos, mas enviou duas equipes até o CEPA para “tranquilizar a população”.

“Tem alguns dias que nós não estamos registrando sismos na região. Exsitem os micro-sismos, mas sismos com percepção humana a gente não tem registrado durante esses dias. Não registramos nada aqui nos nossos aparelhos. A equipe deve conversar com esses funcionários e até mesmo fazer uma vistoria do local”, disse o coordenador do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió, Hugo Carvalho.

As aulas ocorrem normalmente nas escolas do CEPA, já que não houve ordem de evacuação. Parte do terreno fica no bairro do Farol e outra metade, ao fundo, no Pinheiro, um dois bairros mais afetados pela mineração em Maceió. Ambos são vizinhos ao Mutange, bairro onde está localizada a mina que está ruindo.

Desde o dia 30 de novembro, o solo no local da mina já cedeu 1,99 m. Na manhã de quinta (7), a medição do terreno indicou uma desaceleração do ritmo do afundamento, passando a 0,25 cm/h, mas o estado de alerta em Maceió para o risco de colapso permanece vigente.

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