Diretor-geral da Polícia Civil de AL é apontado como autor de atentado contra juiz que deixou advogado morto, aponta PF

A Polícia Federal (PF) indiciou o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) Paulo Cerqueira como autor intelectual do atentado que teria como alvo o juiz Marcelo Tadeu e matou, por engano, o advogado mineiro Nudson Harley Mares de Freitas, no dia 3 de julho de 2009, em Mangabeiras.  A PF traz o caso com riqueza de detalhes, citando depoimentos, interceptações telefônicas e outros elementos.

De acordo com as investigações da PF, o autor material do crime, Antônio Wendell de Melo Guarniere, foi cooptado pelo policial militar Natan Simião para praticar um homicídio. Simião, embora não tenha dito a Guarniere, agia a mando de Paulo Cerqueira, segundo a polícia.

Segundo a PF, as evidências indicam que o advogado foi morto por engano no lugar do juiz Marcelo Tadeu. A investigação da PF aponta que Paulo Cerqueira ficou responsável pela investigação do homicídio do advogado após ter avocado o inquérito para ele sem nenhum motivo e que ele nunca considerou a hipótese de que a vítima do crime era para ser o juiz.

A PF concluiu que no inquérito presidido por Paulo Cerqueira, a pessoa de Wendelle Guarnieri sequer foi citada e que durante as investigações não foi realizada nenhuma diligência que pudesse afastar a tese de “erro na execução”. Além disso, a Polícia Federal concluiu que Paulo Cerqueira tentou encerrar as investigações precocemente, o que só não ocorreu por intervenção do juiz Marcelo Tadeu.

 

 

 

*Com Gazeta Web

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