Policiais militares são remanejados para segurança de autoridades

Efetivo disponível é insuficiente para atender demanda em AL FOTO: ARQUIVO

Enquanto bairros de Maceió registram o aumento do número de assassinatos de adolescentes e jovens especialmente em decorrência da rivalidade entre facções criminosas, como o triplo homicídio registrado, na noite da última terça-feira (12), no Jacintinho, os alagoanos sofrem com a falta de segurança. A Gazetaweb apurou que mais de 400 policiais militares – que poderiam estar nas ruas – não atuam no trabalho ostensivo e foram deslocados para atividades que incluem, principalmente, a segurança de autoridades alagoanas.

Dos cerca de 6.400 policiais militares do efetivo existente atual, cerca de um terço não está disponível para o policiamento nas ruas. Inclui-se nesse montante – uma situação grave – já que mais de 400 não estão na atividade-fim da PM. Estão fora também os que estão afastados por algum motivo como licença médica e férias. O que sobra é para atender os 102 municípios.

O concurso realizado pelo governo de Alagoas não atende ainda a demanda por segurança nos municípios. A quantidade de PMs que deixam a atividade-fim, que estão afastados por problema de saúde ou então se aposentaram, por exemplo, acaba não sendo suprida por novos integrantes que entram na corporação.

A solicitação por proteção individual chega ao Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) que analisa os casos, concedendo ou não policiais para ficarem à disposição de autoridades, incluindo políticos e magistrados. Dessa forma são retirados militares de uma unidade para a nossa missão, que foge da atividade-fim da PM.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados Wellington Silva afirma que a grande demanda de militares que deixou as ruas acabou sobrecarregando os que fazem o trabalho ostensivo. E reconhece que a quantidade de PMs à disposição de autoridades cresceu. “A segurança individual está bastante em Alagoas. Quem fica está sobrecarregado e precisando de apoio”, afirma Wellington Silva. Para atender a demanda, Alagoas precisaria de 12 mil policiais militares.

Fonte: Gazeta Web

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