Justiça decreta prisão preventiva de jovem que matou Silvânio Barbosa

O suspeito de assassinar o vereador por Maceió Silvânio Barbosa (MDB) teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (10), durante audiência de custódia realizada no Fórum da Capital. Henrique Mateus da Silva Sousa, 18, confessou o crime e deve aguardar o julgamento em regime fechado.

Silvânio Barbosa foi morto com 26 facadas na última quinta (6), dentro do seu apartamento no Benedito Bentes. O corpo só foi encontrado dias depois, por um assessor que estranhou a falta de comunicação com o vereador e foi procurá-lo em casa.

Sousa foi preso no interior da Paraíba e trazido para Maceió no domingo. Nesta tarde, foi submetido à audiência de custódia, quando o preso é encaminhado, em até 24h, para uma primeira análise sobre a necessidade ou não de sua detenção.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) informou que a determinação de encaminhá-lo ao sistema prisional foi do juiz Jamil Amil Albuquerque de Hollanda Ferreira.

Agonia antes da morte

Segundo as investigações da Polícia Civil de Alagoas, o vereador Silvânio Barbosa agonizou por horas antes de morrer.

“O primeiro golpe foi dado por volta das 20h30. Silvânio agonizou até depois de meia-noite, Henrique ficou no apartamento até se certificar de que Silvânio não esboçava mais nenhuma reação”, disse o delegado Fábio Costa, da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic).

O laudo final da perícia só deve sair em até 20 dias, mas os detalhes do assassinato foram antecipados pela Polícia Civil.

“Foram 26 golpes, mas poderia ter sido mais. Houve um momento em que o Henrique parou de golpear a vítima e atendeu a alguns pedidos de Silvânio, que pediu água, um travesseiro e um ventilador”, explicou o delegado.

As investigações apontam que o crime foi premeditado. Sousa é natural de Pombal, e estava vendendo cadeiras em Alagoas quando conheceu Silvânio Barbosa, há cerca de 15 dias. Eles tiveram um primeiro encontro, e depois o vereador foi procurado por ele para um segundo encontro.

Ainda segundo a polícia, Sousa disse que gostava muito de carros e que o objetivo dele era levar o carro de Silvânio para circular na cidade de Pombal, na Paraíba. Silvânio chegou a oferecer R$ 10 mil para ele ir embora, mas ainda assim foi morto.

O corpo do vereador foi sepultado na noite de domingo (9), após uma carreata acompanhada por milhares de pessoas no Benedito Bentes.

G1

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