Anitta sobre machismo: “Não devemos ser julgadas se decidimos ser sexies”

Em entrevista, Anitta fala sobre machismo  FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Agora como jurada do reality musical La Voz México, Anitta está passando alguns dias no país e foi entrevistada pela imprensa mexicana. A cantora conseguiu atingir o mercado da América Latina com seus hits em espanhol, como Medicina, Paradinha, Indecente e Downtown.

Em entrevista para o Metro Mexico, Anitta falou sobre machismo. “Nossa sociedade é mais jovem que a da Europa e estamos avançando contra o machismo e em prol da igualdade. Acho que as cantoras estão projetando a voz da mulher independente, que tem coragem e força para falar. Busco transmitir, de maneira popular e divertida, uma mensagem de força para as mulheres, para que elas pensem que também têm controle sobre suas vidas”, explicou ela.

Para a cantora, o comportamento machista pode acabar breve. “Essas coisas são aprendidas em casa. Depois de três ou quatro gerações, esse pensamento vai mudar. [Enquanto crescia], escutei coisas diferentes das que minha mãe escutou, e meus filhos também escutarão outras coisas. Mas as pessoas não devem separar mais o que é papel de homem e de mulher. Nós decidimos o que queremos ser na sociedade.”

Anitta também foi questionada sobre o conteúdo explícito de alguns funks. “Cada um é responsável pelo que faz, e sempre tento dar o exemplo de coisas boas. As pessoas sempre falam das letras das músicas e o que digo é que não é possível discriminar um ritmo. Se querem mudar a letra das canções, é preciso antes mudar a realidade. Se a pessoa passa a vida em uma condição na qual não existe educação, em meio ao tráfico de drogas e vandalismo, claro que ela cantará o que vê. Ela não tem outra referência de vida e de diversão”, disse a cantora.

Casada com Thiago Magalhães desde o ano passado, Anitta ressaltou que sua música destacada a busca das mulheres por liberdade e por uma sociedade sem julgamentos. “Comecei fazendo música ousada para elas se sentirem livres. O Brasil é machista e conservador, não devemos ser julgadas se decidimos ser sexies ou se não temos namorado.”

 

 

 

Fonte: Revista Quem

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