O grupo de 12 meninos, que têm entre 11 e 16 anos, e o treinador, de 25 anos, passou nove dias sem comer e, por isso, os três apresentaram exaustão provocada pelo jejum forçado. O estado de saúde geral é bom, mas eles ainda estão fracos.
Desde segunda-feira (2), quando foram encontrados por dois mergulhadores britânicos, eles estão recebendo alimentação e medicamentos.
As operações de resgate estão sendo pressionadas pela previsão de chuva forte, que deve chegar à região na manhã de sexta-feira (6), comprometendo os trabalhos para bombear a água para fora da caverna.
Cerca de 20 bombas de extração funcionam sem intervalo e drenam aproximadamente 10 mil litros por hora, o que se traduz em uma diminuição de aproximadamente um centímetro do nível da água.
Desde o início das operações, o nível de água já caiu cerca de 40%, segundo a estimativa do governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osotthanakorn.
Porém, isso ainda não é suficiente para que eles deixem a caverna sem precisar mergulhar nas águas lamacentas. Algumas das crianças não sabem nadar e elas precisam aprender às pressas a difícil tarefa de utilizar os equipamentos de mergulho.
O governador observou que um mergulhador experiente precisa de 11 horas para ir e voltar do local onde estão as crianças (que estão a cerca de 4km da entrada da caverna): seis horas na ida e cinco horas na volta, aproveitando a corrente.
“Não podemos confirmar quando isso [o resgate] acontecerá. Mas vamos nos assegurar que os meninos estejam 100% seguros” durante a missão, disse Narongsak Osotthanakorn, governador da província de Chiang Rai, onde está localizada a caverna.
A missão aconteceria de maneira gradual, tirando primeiro os meninos em melhores condições físicas e psicológicas.
Na área reservada às famílias, a inquietação é cada vez maior. “Escutei que vai chover de novo. Estou muito preocupada”, afirmou à AFP Sunida Wongsukchan, parente de um dos meninos presos na caverna.