Cai o número do eleitorado jovem em Alagoas
Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as estatísticas do eleitorado para as eleições que acontecem em outubro deste ano. Em relação ao pleito estadual de 2016, o eleitorado alagoano saltou de 2.146.520 para 2.187.997 eleitores. Em 2018, o eleitorado alagoano é composto por mais mulheres (1.166.000) que homens (1.021.977) e a Justiça Eleitoral destaca, ainda, uma estatística: a diminuição no número de jovens entre 16 e 18 anos aptos a votar.
Em 2016, 62.391 jovens entre 16 e 18 anos estavam aptos para votar na eleição municipal em todo o Estado. Este ano, nesta faixa etária, apenas 45.633 jovens devem movimentar o pleito eleitoral do dia 07 de outubro. Na faixa de 18 a 20 anos, o número de jovens caiu de 160.300 para 156.258 eleitores.
Para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), desembargador José Carlos Malta Marques, a queda no quantitativo de jovens que fizeram seu alistamento e exercerão a cidadania preocupa, mas contrasta com o interesse demonstrado pelos jovens em palestras ministradas pelo Escola Judiciária Eleitoral (EJE) em várias instituições de ensino alagoanas.
“Essa queda no número de eleitores jovens demonstra um possível desinteresse natural por conta da desilusão gerada em virtude do complicado momento político que o Brasil atravessa, mas me surpreende porque esses mesmos jovens demonstraram grande interesse e vontade de mudar em todas os eventos que realizamos”, explicou José Carlos Malta Marques.
O desembargador falou, ainda, que “mesmo com a queda nos números, é preciso que o eleitor jovem alagoano assuma seu lugar no período eleitoral como formador de opinião, utilizando as ferramentas tecnológicas que possui em favor da democracia. A Justiça Eleitoral acredita muito nessa juventude, que será a verdadeira responsável pelas mudanças que nossa nação tanto precisa”.
Embora em maior quantidade, participação de mulheres ainda preocupa.
Ainda de acordo com o desembargador presidente do TRE/AL, embora a maioria do eleitorado seja composta por mulheres, a participação feminina efetivamente na política ainda é muito baixa e se torna uma preocupação constante da Justiça Eleitoral.
“As mulheres estão lutando cada vez mais por seu espaço em todos os níveis e, na política, não pode ser diferente. Por isso é preciso participar mais, lançando suas candidaturas e fazendo-se representar na política. Essa maior participação pode representar mudanças importantes no cenário político brasileiro”, finalizou Malta Marques.