Novas rachaduras e cratera surgem no bairro do Pinheiro, em Maceió

O aparecimento de novas rachaduras e também de uma cratera no bairro do Pinheiro, em Maceió, deixaram os moradores da região ainda mais assustados, porque diversas fissuras já haviam surgido no local anteriormente, em fevereiro deste ano, e continuam sem soluções. Para avaliar a situação, a Defesa Civil municipal fez uma visita na tarde desta quarta-feira (13).

Dentro de uma das casas afetadas, os estragos causados pelo fenômeno estão por toda a parte. O dono não quis gravar entrevista, mas disse que a preocupação é com o aumento das rachaduras. Ele monitora a situação com fitas adesivas.

No imóvel, em uma régua colocada pela Defesa Civil, a espessura marca 10 milímetros e o chão também foi afetado.

Já em um condomínio, a fissura aumentou tanto que o solo cedeu. Para amenizar os estragos, algumas medidas paliativas foram tomadas pelos próprios moradores. A síndica diz que todos estão com medo.

“Ninguém dorme com essa situação toda”, desabafa Piedade Melo.

Também dentro de outro imóvel, as rachaduras estão se espalhando. Uma delas vai de um lado ao outro da rua e chega até outra casa.

Moradora do local há mais de 30 anos, a comerciante Socorro Buarque diz nunca ter visto uma situação como essa. Ela conta ainda que depois que as rachaduras apareceram, já gastou mais de R$ 100 mil para tentar reparar os danos na casa dela, mas não tem resolvido.

“Não adianta nada. Cada dia aumenta mais ainda”, relata a comerciante.

Em um outro ponto do Pinheiro, está a cratera que foi aberta bem na porta do advogado Alexandre.

“Para sair com o carro, eu tenho que colocar praticamente por cima da calçada. E como envolve risco, estou tirando só uma vez no dia quando preciso sair”, explica.

Os moradores foram informados que um rompimento de uma galeria pluvial teria causado a nova cratera e o clima de insegurança só aumenta.

No mês de abril, a Defesa Civil da capital fez um estudo técnico que deveria determinar as causas do fenômeno, mas o laudo não apontou nenhum corpo estranho no subsolo que estivesse causando as fissuras, as rachaduras ou até o tremor de terra registrado no mês de março.

De acordo com o órgão, a ideia é que seja feito um outro estudo mais aprofundado, um novo mapeamento na região com até 50 metros de profundidade. Enquanto isso, os moradores seguem sem respostas.

Nesta quarta, um monitoramento foi realizado e técnicos visitaram os locais onde surgiram as novas rachaduras. Segundo o coordenador, outros estudos serão feitos com especialistas de Brasília, mas não há previsão de quando serão concluídos.

“A geologia está estudando a profundidade e a geofísica também. Então, são estudos que estão sendo feitos com equipamentos, e tem tantas coisas a serem feitas que só um técnico da área que pode melhor esclarecer com todo esse monitoramento”, avalia o secretário de Defesa Civil, Dinário Lemos.

Fonte: G1

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