Economia de Alagoas cresce quase 3% no ano de 2017, estima governo

Secretário Fabrício Marques apresenta resultados do PIB do 1º trimestre  FOTO: JOSÉ FEITOSA

Impulsionado, sobretudo, pela agropecuária e pelo comércio, que se destacaram dentre os outros setores, o PIB [Produto Interno Bruto] de Alagoas referente ao ano de 2017 teve saldo positivo estimado de 2,94%. Este é o percentual de crescimento da economia do Estado, previsto pelo Governo, mas que ainda será oficializado pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] somente em 2019.

Os números foram apresentados pelo secretário do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques Santos, durante entrevista coletiva com a imprensa, na manhã desta quarta-feira (13), na sede do órgão estadual, no bairro do Centro, em Maceió.

Os dados mostram as estimativas do Valor Adicionado (V.A.) para os setores da agropecuária, serviços e indústria. Apenas os dois primeiros apresentaram crescimento em relação ao período anterior. O segmento industrial não teve um bom desempenho em 2016, conforme o levantamento feito pela Seplag.

Essas informações são levantadas pela Seplag de acordo com a mesma metodologia do IBGE, que só divulga os números de dois em dois anos, ou seja, o órgão oficial de pesquisas do governo federal somente deve divulgar os números do PIB no ano que vem.

RECUPERAÇÃO

Durante a coletiva, o secretário de Planejamento e Gestão divulgou que a economia de Alagoas, em 2017, teve uma recuperação expressiva em relação a 2016 (que estimou PIB negativo de 3,3%). Em 2015, a situação foi parecida (-2,39%).

Segundo ele, a agropecuária teve um salto grande de crescimento no ano passado em relação a 2016. Saiu de -0,06% para +19,91%, impulsionando a alta do PIB no primeiro trimestre. O setor foi erguido pelas altas das culturas de milho, fumo, abacaxi e feijão (todos acima de 100% de aumento no período).

As fortes chuvas depois de um período longo de seca também contribuíram para este cenário. Assim, Alagoas teve o crescimento mais alto do que a média nacional e se destacou entre as demais unidades da Federação.

VENDAS EM ALTA NO COMÉRCIO

O comércio também alavancou o quadro. Cresceu 7,06% no passado e impulsionou o setor de serviços, que teve saldo estimado positivo de 1,83% em 2017. Em 2016, caiu 3,24%. Além disso, o comércio registrou o segundo maior crescimento do País no volume de vendas em 2017, ficando atrás, apenas, do estado de Santa Catarina. A recuperação do segmento, de acordo com a Seplag, aconteceu, também, devido à liberação do PIS e do FGTS dos trabalhadores.

FOTO: REPRODUÇÃO

O ganho do último ano, porém, ainda não compensa completamente as perdas de 2015 e 2016. “Compensamos as perdas, mas não voltamos ao mesmo patamar de 2014. Isso aconteceu para Alagoas e para a maioria dos estados. Dos 27, 25 ainda não voltaram. Estamos vivendo uma década perdida. O País só deve chegar ao patamar de 2014 novamente em 2022”, explicou o secretário Fabrício Marques.

INDÚSTRIA EM QUEDA

Segundo ele, o fato de a indústria não ser tão forte em Alagoas ajudou a ter números melhores, já que esse setor teve uma queda em todo o Brasil. O setor teve uma retração de 3,89% no ano passado e, apesar do índice negativo, ainda é melhor do que 2016 (-4,29%). A indústria extrativa, da construção civil e de transformação tiveram as maiores quedas no período, conforme a Seplag.

FOTO: REPRODUÇÃO
Para este ano, Fabrício Marques disse que publicações especializadas apostam em um crescimento da economia de Alagoas. E um dos fatores, de acordo com ele, é a estabilidade das finanças do Estado.
Fonte: Gazeta Web

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