Estudantes se reúnem em Palmeira e denunciam que foram vítimas de diplomas falsos em Alagoas

Crédito: G1

Estudantes que integram o movimento ‘Diploma Legal’ denunciaram que foram vítimas de um golpe que frauda diplomas de cursos superiores após a conclusão da graduação. A comissão afirma que mais de 20 mil pessoas de 92 municípios do estado já tiveram prejuízos por cair na ação criminosa.

Na tarde desta terça-feira (8), membros do movimento se reuniram com o secretário nacional de Regulação e Supervisão do Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Henrique Sartori, para fazer com que os diplomas sejam reconhecidos e o tempo perdido seja validado. A reunião aconteceu em Palmeira dos Índios, no Agreste alagoano.

“O MEC tem tomado uma atitude bastante ativa no combate às irregularidades e a crimes que são cometidos no ambiente da educação superior no Brasil. Sobretudo, na oferta irregular de cursos de graduação, diplomas, e instituições que se dizem credenciadas e na verdade não estão”, pontuou o secretário.

Em alguns documentos recebidos pelos alunos, consta o nome e a assinatura de Gedalias Pereira, que é investigado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Pernambuco sobre a fraude do diploma.

Uma das vítimas que contabilizam os números é a Ana Dayse Leite, que concluiu o curso de pedagogia. Ela recebeu o diploma da fundação de ensino superior de Olinda (PE), mas não sabe se o documento tem validade.

No verso do documento, consta que o diploma foi registrado pela Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), em outubro de 2017. “Da semana passada pra cá, soube que meu diploma não tem valor”, desabafou.

E os problemas em relação à conclusão acadêmica não param por aí. Em Piranhas, a aluna de serviço social, Poliana Souza, conta que começou a fazer o curso, mas não conseguiu terminar.

“Pesquisamos, e a gente descobriu que ela fechou já tem um tempo. Foi fechada há três anos e quatro meses”, contou Poliana.

Apenas um certificado e uma declaração comprovam a conclusão do curso superior de pedagogia de Mara Albina e Aline Saraiva. Elas relataram que a instituição em que estavam matriculadas foi substituída por outras diversas vezes.

Outra questão que levantou dúvidas sobre a validade ou não dos diplomas emitidos é que alguns alunos que receberam os tais diplomas por parte das instituições de ensino tentaram se matricular em cursos de pós-graduação oferecidos por outras instituições. Entretanto, em alguns casos os diplomas foram aceitos e em outros, foram rejeitados.

Ainda segundo o secretário, o reconhecimento dos diplomas vai depender da situação das instituições de ensino diante ao MEC.

“Não é possível afirmar porque há um trabalho quase que de ‘formiguinha’ por parte do Ministério da Educação agora, em fazer a busca dessas informações que chegam até nos em uma velocidade até alarmante. É um quantitativo muito grande de diplomas irregulares e até falsos, na qual vamos ter que levantar caso a caso, ponto a ponto, para saber se foi cometida alguma irregularidade passível de saneamento”, explicou.

Fonte: G1

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