Sindicato cobra que nova comissão de delegados investigue o caso Roberta Dias

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) vai protocolar nesta segunda-feira (7) o pedido junto à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) para que uma nova comissão de delegados seja formada para investigar a morte da jovem grávida Roberta Dias, que desapareceu em 2012, em Penedo.

Para o sindicato, a comissão atual, presidida pelo delegado Cícero Lima, não tem investigado o caso de forma isenta e deve ser afastada do caso. Essa opinião é embasada na divulgação da transcrição de uma confissão do homicídio, que está com a Polícia Civil desde 2016 e foi periciado pela Polícia Federal em 2017.

A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou à reportagem do G1 que a instituição só vai se pronunciar quando o pedido foi feito oficialmente.

O corpo de Roberta nunca foi encontrado, mas o Sindpol questiona que mesmo após Karlo Bruno Pereira Tavares confessar no áudio que a matou, o inquérito contra três policiais civis, que foram presos durante o início da investigação, ainda está aberto.

Em entrevista à imprensa na última semana, o delegado Cícero Lima disse que somente a confissão não era o bastante para concluir o inquérito. “Ele [o laudo da PF] foi decisivo, só que não basta só isso, nós temos outras provas técnicas, estamos aguardando a conclusão”.

De acordo com Welton Roberto, advogado do sindicato, as acusações contra os policiais, assim como outras existentes, se deram apenas por uma intriga pessoal entre delegados onde os agentes acabaram “pagando”.

Também será pedida a participação efetiva do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) para acompanhar o inquérito policial.

Roberta Dias sumiu em abril de 2012. (Foto: Arquivo de família)

Roberta Dias sumiu em abril de 2012. (Foto: Arquivo de família)

Outras prisões

Nestes seis anos, outras pessoas também tinham sido presos suspeitas de participação na morte de Roberta Dias, mas todas já foram libertadas.

Além dos policiais civis Carlos Idalino, Gledson e Welber, que ficaram presos por 60 dias em 2013, outras duas pessoas identificadas apenas como “Dido Som” e “Neguinho do Pedro Melo”. Eles não são citados na conversa gravada.

Mary Jane Araújo dos Santos também foi presa suspeita de ser a mandante do crime. Ela é mãe de Saulo, que na época era namorado de Roberta Dias.

Na conversa transcrito pela PF, Karlo Bruno conta a um amigo que o homicídio foi cometido com Saulo, a pedido dele, por medo da reação da família quando soubesse que a jovem estava grávida dele.

G1

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