Os políticos que nasceram para ser desonestos não têm mesmo conserto
A sede e a corrida desesperada na busca do poder, apenas pelo poder, tem sido uma das principais causas de grande parte da degradação das relações entre os homens.
No Brasil isso é muito mais evidente do que em muitas outras nações, principalmente no campo da política. Não se medem mais as consequências; não se preservam mais o caráter e as melhores virtudes, mesmo com os exemplos de desmoralização pessoal e familiar.
Haja vista a conduto desonesta de muitos políticos que, mesmo em face de denúncias, condenações, prisões, permanecem como se nada estivesse acontecendo e continuam com sua vergonhosa escalada de subornos, desvios de verbas públicas e muitas outras formas de corrupção.
É incontestável que a sede poder, e a inevitável sedução por ele e as suas vantagens, muitas vezes inescrupulosas, particularmente no Brasil, levem os homens a travar uma violenta batalha para alcançá-lo a qualquer custo, sem se importarem com nada mais ao seu redor e os efeitos devastadores que essa busca deplorável pode gerar. É quando surgem os abusos e os exageros.
Para que não se possa abusar do poder é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder. Em nossa sociedade, é mais fácil não dar o poder a certos homens do que impedir que abusem dele. O poder se torna incontrolável e abusivo quando é transferido para aquele que não tenha a capacidade de administrá-lo.
A pior coisa que pode acontecer entre impasses e guerras da Direita e da Esquerda, num sistema democrático de direito, é brincar com a ignorância de um povo mais humilde e induzi-lo a muitos equívocos, por exemplo, o grave erro de não pensar por si mesmo, de precisar de migalhas para votar e, consequentemente, escolher cada vez mais errado os seus representantes.
O que se vê, lamentavelmente e absurdamente no Brasil, é o uso do poder para se estabelecer o interesse político e pessoal, em prejuízo do coletivo, abuso de poder, desvio de finalidade, omissão da administração pública, e o povo contribuinte, até parece que tomou uma injeção de “cale-se”.