Equipe de auditoria toma calote em Arapiraca
Uma dívida que deveria ser paga integralmente pela Prefeitura de Arapiraca teve um pagamento de menos de 10% efetuado por uma construtora ligada à equipe do atual gestor, Rogério Teófilo (PSDB). O caso foi encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE) que abriu procedimento preparatório para investigar.
A denúncia – com um dossiê que contém 278 páginas –, e que foi entregue à promotoria em Arapiraca, revela que Luiz Augusto Lôbo foi convidado pelo então secretário Especial, Adriano Soares, no mês de abril do ano passado, para contratar os trabalhos e esclarecer como seria feito um serviço de auditoria das gestões passadas e normatizar os procedimentos da atual administração.
Ainda de acordo com o denunciante, o prefeito informou que a gestão ainda não estava aparelhada e que iniciasse os trabalhos no mês de maio e que “confiasse nele”, já que num período curto de tempo, o problema seria solucionado e os pagamentos regularizados. Para
isso, foi acertado uma subcontratação, pois já havia um contrato de consultoria sendo executado, e os novos profissionais seriam apenas agregados ao subcontrato.
Durante os meses de maio e junho, teria sido trabalhado com o secretário de Planejamento e Gestão, Antônio Lenine, o presidente da Comissão de Licitação, Adoniram Guerra, e seu assessor, João Paulo Nunes, a subcontratação por parte daqueles que já estavam prestando serviço de consultoria ou através de cartas-convite, o que segundo denúncia, também não ocorreu.
O prefeito Rogério Teófilo teria pedido que Luiz Lôbo que continuasse a “bancar” o pagamento dos funcionários, pois o problema das finanças já estava sendo resolvido e que o serviço de consultoria estava garantido até o fim da gestão, em 2020.
“Diante disso, já havia sido pago a folha integral dos empregados referentes aos meses de maio e junho como também Luiz Lôbo continuou a suprir a equipe de material de expediente e de material permanente com o objetivo de não comprometer a execução dos
trabalhos”, traz a denúncia do Ministério Público Estadual.
De acordo com Luiz Lôbo, houve a necessidade de suprir a equipe para que as ações contratadas não fossem paralisadas.
Fonte: Tribuna Independente / Marcos Filipe – Colaborador