O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denuncia a fragilidade do projeto do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), que facilita a fuga de presos e põe em risco a vida dos policiais civis e da população, a qual procura a unidade policial. Na terça-feira (27), três presos conseguiram fugir do CISP de Cajueiro.
Para fugir, os presos serraram o ferro da grade do teto da carceragem. Eles conseguiram escapar pelos fundos, pulando o muro do Centro. Quatro detentos ainda permanecem no local.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, constatou a fragilidade do projeto do CISP que apresenta várias falhas e mostra que não tem condições estruturais para a detenção de presos.
Os dirigentes do Sindpol Ricardo Nazário, Emerson Pereira, Charles Alcântara e Bartolomeu Rodrigues constaram que, por meio de um terreno cheio de matos, que dá acesso aos fundos do CISP, pessoas podem jogar serras, espetos, armas, instrumentos ou equipamentos que sejam usados para a fuga de presos. Além disso, o muro não é alto, não possui arame farpado ou qualquer equipamento de segurança.
Os sindicalistas também detectaram infiltrações nos tetos, afundamento no piso externo, rachaduras no muro, portas com problemas nas fechaduras, incluindo a da carceragem e muitas motos apreendidas. A grade proteção da carceragem foi instalada em uma altura acessível aos presos, tornando fácil serrá-las.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destaca que o projeto do CISP possui muitas falhas, e alerta para o risco de fuga na outra cela. São duas celas ao todo “O governo do Estado tem que se ater e melhorar essas estruturas dos CISPs. Isso fragiliza o atendimento à população pela polícia”, alerta o sindicalista.
Além de Cajueiro, em outros CISPs, como o do Ouro Branco, também ocorreram fugas de presos.