Síndrome da Impostora pode prejudicar mulheres no trabalho
Sentir-se uma fraude ou não se reconhecer em uma determinada posição de trabalho. É assim que é definida a síndrome da impostora, distúrbio que acomete principalmente as mulheres. O distúrbio faz com que elas se sinstam incapazes de ocupar cargos altos que, na maioria das vezes, são ocupados por homens.
Recentemente, a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandlberg, afirmou: “ainda há dias em que acordo com a sensação de ser uma fraude; não estou certa de que deva estar onde estou”.
Embora as mulheres tenham conquistado cargos de chefias em grandes companhias, a presença feminina em funções executivas ainda é pequena. Uma pesquisa realizada na semana passada pelo site de empregos Catho mostrou que a diferença salarial entre homens e mulheres chega a quase 53%, e as profissionais ainda são minoria nos cargos de gestão.
Embora as mulheres tenham conquistado cargos de chefias em grandes companhias, a presença feminina em funções executivas ainda é pequena. Uma pesquisa realizada na semana passada pelo site de empregos Catho mostrou que a diferença salarial entre homens e mulheres chega a quase 53%, e as profissionais ainda são minoria nos cargos de gestão.
Para Elaine Di Sarno, psicóloga especialista em avaliação psicológica e neuropsicológica com especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental pela USP, o fator social ainda é o principal problema para elas aceitarem cargos altos. “As mulheres sempre foram ensinadas a serem mais contidas. Não é tão simples receber uma promoção num ambiente predominantemente masculino e aceitar com naturalidade. É um padrão rígido e duradouro”, ressalta.
A gerente de finanças Daiane Almeida passou por incertezas quando foi promovida para chefiar uma equipe de cinco pessoas. Ela era especialista e foi promovida a gerente, achou que não daria conta das demandas e chegou a duvidar da própria capacidade. “Senti um certo receio, pois não seguia os padrões normais da área no qual atuo. Isso me causou medo. Apesar do entusiasmo com nova oportunidade, não me sentia 100% apta para assumir a função”, conta.
Comum em mulheres, a síndrome também acomete o sexo masculino. Neles, ela se desenvolve em homens que estão em altos cargos acadêmicos. Muitas vezes, os sintomas podem passar desapercebidos. “ Os homens disfarçam mais. Eles aprendem desde criança que precisam ser fortes e muitas vezes o diagnóstico pode ser encarado como frescura ou fraqueza”, explica Elaine.
Sintomas frequentes:
- Insegurança em relação ao próprio trabalho
- Autoimagem distorcida
- Elogios são vistos com desconfiança
- Desmerece suas conquistas
- Agressividade
Tratamento
- É possível tratar a autoestima baixa com terapia e auxílio de um psicólogo
- Para melhorar a confiança profissional é indicado procurar um coaching para direcionar aspectos que devem ser melhorados
- Conversar sobre o trabalho com pessoas com quem se tem intimidade a fim de ter uma segunda opinião
- Se os sintomas estiverem próximos da depressão, o ideal é procurar um médico para auxiliar no tratamento com medicamentos
Metrópoles