Suspeito de matar companheira em Viçosa deve responder por feminicídio
A seis dias do Dia Internacional da Mulher, um assassinato envolvendo uma pessoa do sexo feminino foi registrada em Viçosa, Alagoas.
A professora Cenira Angélica Ventura da Silva, 39, foi assassinada com cerca de 20 facadas por volta da meia-noite dessa sexta- feira (02). O crime foi cometido supostamente pelo seu companheiro, Ricardo dos Santos, que está foragido. Angélica começou a ser agredida por seu algoz no interior de sua residência, tentou desesperadamente fugir, totalmente despida, mas acabou por terminar de ser brutalmente morta em via pública.
O histórico do suspeito, Ricardo Santos, é marcado por violência contra a companheira, gerado principalmente por ciúme desmedido, segundo relatos.
A polícia segue no intuito de captura-lo. Ricardo dos Santos deve responder por feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio. O crime envolveu violência doméstica e familiar.
O covarde e brutal assassinato da professora, atinge a sociedade alagoana e brasileira em pleno mês de março, mês de lutas das mulheres em todo o mundo, mês do Dia Internacional da Mulher.
Feminicídio
A Lei do Feminicídio foi criada em 2015 com base nos estudos da advogada criminalista Luiza Eluf, que afirma que a conduta é matar alguém, porém, se este alguém for mulher e, se essa mulher morrer devido às condições do sexo feminino no Brasil, ou seja, devido a subalternidade ou ao entendimento por parte do assassino, de que aquela mulher tem menos direito que ele e que aquela mulher lhe deve obediência total e ele tem o direito de vida ou morte sobre ela. Então, ele mata por esse motivo, ele estará cometendo um feminicídio.
Em Alagoas, foram mais de 64 casos registrados nos últimos dois anos e meio. O estado aparece como o quarto mais violento em se tratando de feminicídio, enquanto Maceió figura na segunda posição entre as capitais.