Sem cirurgia, Neymar corre risco de não jogar a Copa, dizem médicos

 Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A contusão de Neymar no último domingo (25/2), seguida de confirmação da fissura no quinto metatarso, um osso do dedo mindinho, deixou apreensivo o torcedor brasileiro em ano de Copa do Mundo. Será que o principal jogador da Seleção Brasileira corre o risco de ficar fora do Mundial russo? A resposta é simples: “Não”, segundo Guilherme Meireles Leonel, ortopedista e traumatologista do esporte, e Gustavo Rico, médico do esporte e do Brasiliense, time de futebol do Distrito Federal. Mas, para isso, o craque precisa ser operado, e não apenas fazer o “tratamento conservador”, sem intervenção cirúrgica, alertam os dois.

E é justamente operar ou não operar a questão em jogo no caso de Neymar, que se machucou em jogo do Campeonato Francês. O atacante e o Paris Saint-Germain (PSG) discordam sobre a necessidade de cirurgia no pé direito. O jogador quer, mas seu clube, que pagou 222 milhões de euros (R$ 879,5 milhões em valores atuais) para contratá-lo, não. O martelo deverá ser batido nesta quarta-feira (28/2).

Os dois especialistas destacam que, sem acesso aos exames do atacante, não dá para fazer diagnóstico e prognóstico precisos. Mas, pela experiência de ambos, acreditam que, com cirurgia, Neymar levaria de quatro a oito semanas para ter uma recuperação completa. Acrescente a isso mais um mês de prazo para ganho de condicionamento físico e o craque estaria pronto para a Copa. Assim, se fosse para a mesa de operação nesta quarta (28), ele poderia voltar a ser escalado pelo PSG lá pelo dia 25 de abril – a estreia do Brasil no Mundial será em 17 de junho contra a Suíça.

“Sem cirurgia, a recuperação completa demoraria de 3 a 4 meses tranquilamente. É mais demorado. Volta ainda com dor, fica entre o campo e o departamento médico, faz transições com a fisioterapia, faz testes. Há atletas que optaram por não operar, fizeram tratamento conservador e, no futuro, acabaram operando porque prolongou muito a recuperação completa”, destaca Gustavo Rico.

“Em atletas amadores, a gente pode ser conservador, usar gesso, por exemplo. Demora um pouco mais, mas se recupera e não teria o transtorno da cirurgia. Mas atletas de alto rendimento precisam voltar logo aos campos porque existe um grande investimento por trás disso”, acrescenta Guilherme Reis.

Jesus teve lesão parecida

Em 13 de fevereiro do ano passado, Gabriel Jesus caiu no gramado aos prantos. Exames detalhados revelaram que o atacante do Manchester City havia sofrido uma fratura no quinto metatarso do pé direito.

Jesus precisou passar por cirurgia. Em 3 de abril, voltou a chutar bola no treino. No dia 27, já era titular do clube no clássico de Manchester contra o United. Dois meses e meio depois da contusão.

 

 

Fonte: Metrópoles

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