Candidato da PM apresentou exames para provar que estava apto, diz comandante
O candidato Diego Cerqueira, 28, que faleceu após ser submetido ao teste físico da Polícia Militar em Maceió, havia apresentado exames que comprovavam que ele estava apto para a prova. A informação foi dada pelo Comando da Academia da PM nesta terça-feira (27).
Cerqueira era natural de Recife (PE) e passou mal logo após concluir a corrida, uma das etapas do teste físico, realizado na Av. Assis Chateaubriand na última segunda (26). Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
“O edital do concurso é muito cuidadoso nesse sentido, tanto que o teste de aptidão física é feito somente após as etapas de avaliações médicas e psicológicas. E nessa etapa, ele apresenta exames de toda ordem, e todos eles estavam bem. Nós temos esse atestado do médico dizendo que ele estava apto, então foi uma fatalidade”, disse o Coronel Albino.
O coronel ressalta que no local dos testes havia duas ambulâncias, uma da PM e outra do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para eventuais necessidades.
“O candidato fez a prova, concluiu e foi considerado apto. Tão logo concluiu, ele se sentiu mal, foi socorrido. O médico prontamente o atendeu, fez os primeiros socorros, depois entendeu que ele deveria ter sido encaminhado à unidade de emergência. Foi para UPA, e depois para o HGE. À noite, nós ficamos sabendo da morte dele”, relatou o comandante da Academia.
Segundo o Hospital Geral do Estado, a necropsia no corpo do jovem vai identificar a causa da morte. Como foi decorrente do teste físico, o caso foi encaminhado o Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
“Este paciente com certeza fez todos esses exames, passou por um cardiologista que o examinou e deu o atestado liberando o candidato para realizar a prova, a chance de ele ter sofrido um infrato é muito dificil”, disse o especialista.
Segundo Cleber Costa, a hipótese de um aneurisma cerebral é mais coerente, mas somente a necropsia vai apontar o que de fato levou o candidato à morte.
“É possível a presença de um aneurisma cerebral, que não tem como identificar nos exames. Quando esse paciente faz o esforço de tal modo, ele pode se romper e vir a falecer”.