Procurador Geral de Palmeira dos Índios é acusado de aplicar golpe
O Procurador Geral da Prefeitura de Palmeira dos Índios, Marcondes Oliveira está sendo acusado de aplicar golpe em relação a venda de um veículo na cidade de Arapiraca. Caso veio a tona em dezembro de 2017.
O procurador foi cobrado por meio das redes sociais, pelo técnico de contabilidade, José João de Melo Neto que alega ter comprado de Marcondes Oliveira um veículo L-200 Triton 2008, e o advogado estaria se negando a entregar o recibo de compra e venda do carro.
A reportagem do Estadão Alagoas entrou em contato com João Neto, que alegou tentar resolver o problema. Segundo ele, o veículo foi pago em dinheiro integralmente no ato da compra, porém, o procurador nunca entregou o documento. “Paguei o veículo a vista e recebi o contrato de compra e venda. Ele contratou um despachante na época chamado Rômulo para cuidar da transferência, porém, o despachante foi bem claro que não conseguiria fazer sem o recibo. Ele falava que o proprietário estava nos Estados Unidos. Depois falou que estava com uma procuração para fazer a transferência e nunca fez. Já se passaram 4 anos e 10 meses e nada de resolver. Estou com o veículo parado por mandado de segurança por falta de transferência. O dono anterior, deu entrada no Detran e eu estou prejudicado”, afirmou.
João Neto relembrou que conheceu o procurador na cidade de Arapiraca, quando estava procurando uma caminhonete para comprar. “Fui no escritório do Marcondes em Arapiraca. Ele me mostrou o carro. E uns dois dias depois estávamos em Maceió no apartamento dele na Ponta Verde para fechar o negócio. Firmamos o contrato e fiz o depósito na conta dele no valor de R$ 63.500 no dia 30 de Abril de 2013”, relatou à reportagem.
O técnico afirma que tentou por diversas vezes contato com Marcondes Oliveira, porém, até o momento nada foi resolvido. “Antes do carnaval obtive uma resposta do filho do Marcondes, que até o momento não resolveu a situação. São quase cinco anos que venho me arrastando nessa situação, utilizando outros tipos de transportes para poder trabalhar. Estou totalmente prejudicado. Se ele não resolver, depois que o Detran voltar da greve, vou acioná-lo judicialmente para obter uma solução. Paguei a vista pelo veículo e estou nessa situação”, desabafou.
A reportagem tentou contato com o procurador, mas até o fechamento da matéria não obteve êxito.
Caso seja comprovada a atitude do procurador Marcondes Oliveira, ele pode responder pelo crime de estelionato previsto no Código Penal, em seu Art 171.: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.
Quem devia aplicar a lei e fazer justiça. Frauda. Uma vergonha.