Policiais presos por homicídio e roubo podem ser excluídos da PM-AL
Os dois policiais militares presos na semana passada, por feminicídio e roubo, serão submetidos a processos administrativos instaurados pela Corregedoria da Polícia Militar e podem, inclusive, ser excluídos da corporação, segundo informou a assessoria da PM-AL na tarde desta terça-feira (30). O cabo Ivan, acusado de assassinar a esposa, e o soldado Justo, preso roubando celulares no Benedito Bentes, vão ser investigados por colegas de farda, conforme publicação, na próxima quinta-feira (1º), no Boletim Geral.
Segundo a assessoria, o cabo Ivan será submetido à investigação conduzida por uma Comissão Disciplinar formada por três oficiais. Isso porque ele possui mais de 10 anos de corporação, tendo a denominada “estabilidade” entre os praças.
Os oficiais têm 90 dias para iniciar as investigações, ouvir a defesa do militar e apresentar o parecer ao Comando Geral da Polícia Militar, que decidirá se acata ou não a solução apresentada pelos policiais para cada caso.
Ivan segue detido no Presídio Militar, localizado no Sistema Penitenciário de Maceió, no bairro Cidade Universitária.
Já com relação ao soldado Justo, a assessoria afirma que a tal “estabilidade” não se aplica, pois, o militar tem apenas ter 7 anos de serviços prestados. Com isso, será submetido a um Processo Administrativo Disciplinar Simples (PADS), com um oficial sendo designado à corporação.
Este militar terá apenas 30 dias para realizar todo o procedimento e emitir o parecer. O prazo pode ser prorrogado por mais 15 dias, a depender de decisão do Comando Geral – que independe das decisões da Justiça Comum.
Justo está internado no Hospital Geral do Estado (HGE), já que foi atropelado pelo marido de uma vítima do militar. Após receber alta, também será encaminhado para o Presídio Militar.