MPF denuncia Sérgio Cabral pela 21ª vez na Operação Lava-Jato

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público Federal (MPF) na Lava-Jato nesta segunda-feira. Se o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitar a denúncia, Cabral responderá a seu 21º processo.

A denúncia obtida pelo GLOBO aponta crimes de lavagem de dinheiro cometidos por meio de empresas do Grupo Dirija, que reúne diversas concessionárias no Rio. Além do ex-governador, Ary Ferreira da Costa Filho e Sérgio Castro de Oliveira, apontados pelo MPF como operadores de Cabral, também foram denunciados. Eles já foram condenados em outros processos da Lava-Jato. Ao todo, sete pessoas foram denunciadas na segunda-feira.

O MPF já apontou, em outros processos, a prática do crime de lavagem por meio de uma rede de empresas “amigas” que celebravam contratos fictícios com os membros da organização criminosa. Em uma das ações desse tipo, a da Operação Mascate, o ex-governador foi condenado a 13 anos de prisão ? as penas de Cabral em quatro ações já totalizam 87 anos.

As concessionárias eram administradas por Jaime Martins, que é delator, e João Martins. Os procuradores descrevem que houve orientação e anuência de Cabral nos crimes de lavagem de dinheiro descritos na denúncia.

DEFESA: MPF RECICLA DENÚNCIA

O advogado do peemedebista Rodrigo Roca, disse que “a denúncia recicla material usado em outros processos para chegar ao ex-governador baseada exclusivamente em artifícios teóricos e nas palavras de delatores”.

“Sérgio Cabral nunca teve qualquer relação com as empresas ou com as operações financeiras nela descritas, não havendo um só indício da sua participação nos fatos investigados”, afirmou o advogado.

Atualmente, o ex-governador está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na grande Curitiba. Ele foi transferido por determinação judicial após o MP relatar que o peemedebista tinha regalias no sistema penitenciário do Rio.

No início deste mês, o juiz Marcelo Bretas já havia aceitado mais três denúncias contra o ex-governador.

 

 

Fonte: O Globo

 

 

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