Corpo de ex-deputado Cícero Ferro é velado em cemitério de Maceió

Familiares, amigos e políticos que estavam no cemitério nesta manhã lamentaram a morte do político. A filha dele, Taciana Ferro, contou que seu pai estava se tratando de uma síndrome chamada doença de Lyme, causada por uma bactéria transmitida geralmente pela picada do carrapato.

“Ele estava com a imunidade baixa que causou uma infecção no pulmonar. No final da noite de quinta-feira foi internado e à noite teve uma parada cardiorrespiratória. É uma perda muito grande para a família”, disse Taciana.

O deputado Gilvan Barros Filho (PSDB) disse que Alagoas perde um grande político. “Acompanhei Cícero Ferro junto com meu pai em seus 20 anos de mandato na Assembleia Legislativa”, falou.

Por meio de nota, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), lamentou a morte do ex-deputado. “representada por seu presidente, o deputado Luiz Dantas, externa sua consternação pelo falecimento do ex-deputado Cícero Ferro, que tomou assento no parlamento alagoano por cinco legislaturas. Aproveita para se solidarizar com seus familiares e amigos”, diz o texto.

Ferro era médico e deixa três filhas e dois netos. Ele nasceu no município de Minador do Negrão, no interior de Alagoas, onde foi prefeito de 1982 a 1986. O político foi deputado estadual por cinco mandatos consecutivos, entre 1990 a 2006. Atualmente, era suplente de deputado estadual.

O parlamentar foi um dos acusados na Operação Taturana, que investiga desvio de dinheiro público da ALE. Deputados e ex-deputados são suspeitos de pagar empréstimos pessoais milionários com recursos daquele Parlamento.

Ferro e seu motorista José Maria Ferro foram vítimas de duas emboscadas quando saíam da fazenda Santa Izabel, em Minador do Negrão, no dia 31 de janeiro de 2004. O motorista levou três tiros. O deputado teve várias perfurações de bala no corpo e ficou internado em um hospital de Maceió.