Olho vivo! Vem aí a delação do “Bobão

Certo dia ao passarmos pelo Polo Industrial de Palmeira dos índios, ali bem próximo ao Aeroporto Xucurus, conversava eu com meus botões sobre as voltas que o mundo dá. Parecia ser ontem, lembrando na ocasião, mesmo apertadinho num destes “micros” que fazem a linha Maceió X Palmeira, da Black Friday promovida pelo “bobão” Téo Vilela, quando junto com o ex-prefeito James Ribeiro prometeu mundos e fundos para a nossa cidade. Uma liquidação de problemas que passara pelo Polo Industrial, IML Municipal, Fórum, estradas, Estádio de Futebol, escolas e mais algumas bonificações para os bobos da aldeia. Um pacote de tramalhas, que só uma empresa do peso da Odebrecht poderia assegurar com o seu famoso selo de picaretagem.

Era uma época de bonança, quando o dinheiro saia pelo ralo. Estação de festas, aniversários animados pelos cocorocós das galinhas pintadas, vinhos da melhor qualidade, picanhas, banhos de piscinas com coberturas jornalísticas, todavia uma ocasião distinta por livros arremessados ao lixo, funcionários mal recompensados e, obrigatoriamente subservientes.

Hoje, quem fez pacto com o diabo está com o rabo entre as pernas. O desmoronamento vai estar amarrado à delação premiada do “Bobão”, visto que na “gamela” de político, sempre come mais de um, a depender do volume da ração distribuída na pocilga.

O certo, é que a – “Polícia Federal informou que o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (PSDB) aparece na lista de propinas da Odebrecht sob o apelido de ‘Bobão’ e teria recebido R$ 2,1 milhões em propina em três parcelas. Ele foi alvo da Operação Caribdis, deflagrada nesta quinta-feira (30) em Maceió.” –

Como não sou político (aliás, fui malsucedido uma vez como candidato a vereador), nada tenho a temer com uma possível Delação do Bobão. Quem assinou acordos, desfilou em cima de camionetes, subiu em palanques ou se permitiu aos conchavos, que coloquem suas barbas de molho porque os “ôme” estão chegando. A bem da verdade, por questões conexas à Educação na aldeia e impelidos por uma Carranca, eles sempre estarão por perto.

Finalizando;

Caríbdis (em grego: Χάρυβδις), na mitologia grega, era uma criatura marinha protetora de limites territoriais no mar. … Ao tentar investir contra o herói, que tentava recuperar seu gado, Caríbdis foi fulminada por Zeus com um raio, e lançada às profundezas do mar, onde se transformou em um monstro marinho.

Por certo que Palmeira não tem mar. Contudo, não duvido das monstruosidades que ocorrem às margens do açude da cidade, cujo tanque por pouco não se transformou numa estação de patinação.

Carecemos de deuses, que venham lá não sabemos de onde, para fulminar com flechas, raios e asteroides, os picaretas camuflados de políticos que persistem em nos roubar até mesmo a nossa pobre expectativa.

“A sorte está lançada!”

[Em latim: Alea jacta est!]

Júlio César em 49.a. C

Austrelino Bezerra

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