Vacina da dengue não deve ser tomada por quem nunca teve a doença

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a recomendar nesta quarta-feira (29) que a vacina da dengue, vendida na rede privada na maior parte do Brasil, não seja tomada por quem nunca teve a doença. A partir de agora, a imunização é considerada segura apenas para aqueles que já foram infectados pelo vírus.

A “Dengvaxia”, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, passou por testes de segurança. De acordo com informações preliminares, que precisam de uma análise mais completa dos estudos, alguns indivíduos apresentaram formas mais graves da doença após a aplicação da dose – isso ocorreu em pessoas que não haviam tido um contato prévio com o vírus.

Por enquanto, a bula será atualizada. A Anvisa disse que irá analisar os resultados completos para se posicionar novamente.

Todas as diretrizes para vacina de dengue, recomendadas pela Organização Mundial da Saú de (OMS), dizem que é necessário um acompanhamento dos pacientes dos testes iniciais por mais quatro anos. De acordo com a Sanofi, isso foi feito.

Com isso, um estudo foi feito pela farmacêutica para ver se as pessoas que aprentaram reações já tinham sido infectadas pelo vírus da dengue. A Anvisa passou a recomendar, portanto, que pessoas que não tenham tido a doença não se vacinem. O órgão esclarece que o risco não havia sido identificado nos estudos apresentados para o registro.

Segundo ela, a indicação de 9 a 16 anos foi colocada inicialmente porque foi visto que as crianças menores “tinham respondido mal à vacina”.

“Nós não sabíamos dizer se as crianças respondiam mal porque era uma questão de maturidade do sistema imunológico, ou se nunca tinham tido dengue antes. Várias dúvidas e a gente começou a questionar”.

Atualmente a vacina da Sanofi é a única aprovada no Brasil. O produto é indicado para imunização contra os 4 (quatro) subtipos do vírus da dengue. A Anvisa pontuou que, para as pessoas que já tiveram dengue, o benefício do uso da vacina permanece favorável.

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