Empresário é preso por desvio de recursos na área da saúde em Alagoas

Prisão de empresário aconteceu em Arapiraca (Foto: Divulgação/Ascom MP)

Um empresário de Arapiraca foi preso na manhã desta quarta-feira (1) em uma ação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público de Alagoas (MP-AL). A prisão acontece na quarta fase da operação Sepse, que busca desarticular um esquema de desvio de recursos na área da saúde.

Segundo o MP, o empresário Carlos Rodrigo Leão é proprietário de algumas empresas de fachada que atuavam vendendo notas fiscais falsas para agentes públicos. Ele foi preso em um motel de Arapiraca, cidade onde ele mora.

Além de Leão, foi cumprido um mandado de prisão contra o atual secretário de saúde de Mata Grande, Gabriel Brandão Gomes, que não foi localizado e já é considerado foragido da Justiça. Ele é primo do ex-prefeito de Mata Grande, Jacob Brandão.

Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, dois de sequestros de bens e cinco de quebra de sigilo bancário, inclusive do ex-prefeito de Mata Grande. Todos foram expedidos pela 17a Vara Criminal da Capital.

De acordo com as investigações do Ministério Público, que começaram no último mês de março, os dois acusados participavam ativamente do esquema criminoso e mesmo depois de deflagrada a Operação Sepse, que culminou nas prisões de outros envolvidos. Mesmo após as ações, eles continuaram operando o esquema de desvio de verbas públicas.

As investigações apontam ainda que em uma das empresas de Leão, a R.R Distribuidora LTDA, os suspeitos conseguiram desviar R$ 1,5 milhão da prefeitura de Mata Grande. No esquema, ele se apropriava de cerca de 8% do total dos valores desviados.

Já Gomes e Jacob Brandão ficavam com o restante dos valores, valor que ainda era dividido com outros participantes do esquema.

E mesmo sendo acusado de desviar dinheiro do sistema de saúde de Mata Grande, Gomes foi nomeado pelo atual prefeito da cidade para comandar a Secretaria de Saúde do município. Segundo o MP, esse foi um dos motivos que provocou o pedido de prisão contra ele.

Além dessa suspeita, Gomes possui outras restrições no Tribunal de Contas devido a pendências com aquele órgão de fiscalização. As irregularidades são da época em que ele respondia pela presidência da Comissão Permanente de Licitação de Mata Grande, também da gestão de Jacob Brandão.

Foi por este motivo que, ano passado, Gabriel teve indeferida sua candidatura a vereador de Mata Grande, mesmo tendo recebido mais de 800 votos durante o pleito de 2016.

No mês passado, o ex-prefeito de Girau do Ponciano, Fábio Rangel, fo preso pela segunda vez acusado no esquema. Os promotores do Gecoc informaram, na última segunda-feira (30), que ele chegou a emitir R$ 609 mil em nossas fiscais fraudulentas e movimentou mais de R$ 1 milhão.

As investigações do MP concluem que o período de setembro de 2016 foi o que teve maior saída de notas frias. Isto porque foi ano eleitoral e o promotor de Justiça Carlos David Lopes acha que o dinheiro serviu para custear a campanha de Fábio Rangel.

Fonte G1

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