Cai número de trabalhadores em grandes empresas em Alagoas, diz IBGE
O número de empregados nas grandes empresas em Alagoas vem diminuindo ano a ano, mas a queda foi mais acentuada a partir de 2015, quando os reflexos da crise financeira no Brasil foram sentidos com mais força.
A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (18), e tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2016.
As empresas com 51 pessoas ou mais pessoas eram responsáveis por 28% das contratações do setor privado em 2012. Esse percentual foi reduzido para 26,2% em 2013; 25,9% em 2014; 23,2% em 2015; até chegar a 20,6% em 2016. Em números absolutos, passou de 238 mil para 173 mil.
Já os micro e pequenos negócios, com 1 a 5 pessoas empregadas, foram responsáveis por cada vez mais contratações. Eles compreendiam 52% das ocupações no setor privado em 2012, passando para 54,8%, depois para 55,8%, 56,6% e então 58,2%.
Neste caso, quando observados os números absolutos, houve uma ligeira variação para mais e para menos ao longo dos anos, mas com saldo positivo ao final, saindo de 443 mil pessoas em 2012 para 490 mil em 2016.
Para a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, estes dados indicam que houve uma migração de trabalhadores das empresas de grande porte para as de pequeno porte neste período.
Autônomos
O levantamento também analisa o universo das pessoas ocupadas como conta própria no trabalho principal, os chamados autônomos.
Na média nacional, o Brasil apresentou crescimento desse tipo de atividade, mas Alagoas mostrou uma oscilação desde 2012, primeiro ano do estudo.
Até 2014, houve crescimento no número de pessoas trabalhando por conta própria, saindo de 298 mil para 330 mil. No ano seguinte, 2015, houve uma ligeira queda, fazendo esse universo cair para 324 mil pessoas, e depois para 314 mil em 2016.
Homens x Mulheres
Nos dois casos, tanto dos trabalhadores do setor privado quanto dos autônomos, as mulheres eram minoria ao longo dos anos.
Em 2016, eram 566 mil homens ocupados no setor privado para 276 mil mulheres. No mesmo ano, os homens autônomos eram 216 mil, enquanto as mulheres somavam 98 mil.
Essa diferença é notada desde 2012, quando os homens no setor privado eram 606 mil para 244 mil mulheres. Naquele ano, trabalhavam por conta própria 204 mil homens e 93 mil mulheres.
Fonte G1