Se for condenada, acusada de mandar matar Giovanna Tenório pode pegar mais de 30 anos de prisão

Mirella Granconato vai a júri popular acusada de ser a mandante do assassinato da estudante Giovanna Tenório (Foto: Suely Melo/G1)

Mais de 200 pessoas acompanham o júri popular de Mirella Granconato Ricciardi, acusada de mandar matar a estudante Giovanna Tenório em 2011, que começou por volta das 9h30 desta quarta-feira (11), no Fórum da Capital, em Maceió. Se condenada, ela pode pegar mais de 30 anos de prisão, segundo o juiz John Silas, que preside a sessão.

Giovanna desapareceu em 2 de junho de 2011, próximo à faculdade onde estudava fisioterapia, no bairro do Farol. O corpo da vítima foi encontrado dias depois, em um canavial entre os municípios de Rio Largo e Messias.

No último mês de setembro, o caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino da Silva foi condenado a 29 anos de prisão pela execução do crime. O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) afirma que o assassinato foi ordenado por Mirella por causa de um caso extraconjugal que Antônio de Pádua Bandeira, na época marido de Mirella, mantinha com a vítima.

Sala lotado para acompanhar júri popular de Mirella Granconato (Foto: Suely Melo/G1)

Sala lotado para acompanhar júri popular de Mirella Granconato (Foto: Suely Melo/G1)

 

 

“O MP vai tentar convencer os jurados de que foi a Mirella a mandante desse bárbaro crime. Tem elementos mais do que suficientes nos autos no sentido de condená-la”, disse o promotor de Justiça, Antônio Villas Boas.

Para a defesa, a tese da promotoria não se sustenta. “Não há qualquer elemento que vincule concretamente Mirella a esse homicídio. Mirella está nesse processo por atitudes impensadas há quase um ano antes da morte, quando a vítima ainda tinha uma relação com seu então esposo, onde houve um atrito das duas e ela infantilmente fez ameaças por telefone”, explica Palmeira.

“O ex-esposo de Mirela teve vários outros envolvimentos afetivos, então não tinha nem sequer motivação, até porque se eventualmente Mirella fosse a pessoa fria e criminosa que se diz, ela ia fazer alguma coisa contra quem na época do desaparecimento de Giovanna estava com seu companheiro, que não era ela [Giovanna]”, disse o advogado Raimundo Palmeira.

Com a sala lotada, diversas pessoas que tentavam assistir ao julgamento tiveram que ficar do lado de fora.

A família da vítima também acompanha o julgamento. O pai de Giovanna Tenório, Lenivalton Lima estava sentado na primeira fila, e bastante emocionado.

“A gente não consegue dormir. Até a desenvoltura do julgamento hoje nós esperamos sair daqui aliviados. Mas Giovanna está no céu, acompanhada de meu pai do céu”, disse Lima.

Pai de Giovanna Tenório, Lenivalton Lima e outras pessoas da família sentaram na primeira fila para acompanhar julgamento (Foto: Suely Melo/G1)

Pai de Giovanna Tenório, Lenivalton Lima e outras pessoas da família sentaram na primeira fila para acompanhar julgamento (Foto: Suely Melo/G1)

Sete testemunhas foram convocadas para depor em julgamento. O juiz John Silas afirmou que a previsão é que o júri dure até meia-noite.

“À época do fato, houve uma grande comoção, e hoje vamos saber se ela [Mirella] é culpada ou não. Caso for condenada, a pena poderá chegar a mais de 30 anos, dependendo das qualificadoras que os jurados vão reconhecer”, diz o magistrado.

A primeira testemunha a depor foi a irmã de Giovanna, Larissa Tenório. “Esses anos foram os piores de nossas vidas e se Deus quiser o sofrimento hoje vai acabar. Minha irmã era querida por todos, não tínhamos nenhuma inimizade, ela só vivia na igreja”.

Ao ser questionada se achava que a ré cometeu o crime Larissa foi categórica. “Só Mirella tinha ameaçado minha irmã, só Mirella tinha batido na minha irmã por duas vezes, só Mirella pode ter cometido esse crime”.

Fonte G1

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