Greve da Educação em União dos Palmares é declarada ilegal pela Justiça

Professores fizeram ato para marcar início da greve na quarta-feira (4) em União dos Palmares (Foto: Divulgação/Sinteal)

A greve dos servidores municipais da Educação de União dos Palmares foi declarada ilegal pela Justiça nesta quinta-feira (5). A decisão é do desembargador Fernando Tourinho, que também determinou o retorno imediato dos funcionários ao trabalho. O sindicato que representa a categoria diz que ainda não foi notificado.

O pedido de ilegalidade da greve, deflagrada na quarta (4), foi feito pela prefeitura de União. O desembargador também estipulou uma multa diária de R$ 3 mil por descumprimento da determinação.

Procurada pela reportagem, a secretária de Assuntos Municipais do Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas (Sinteal), Darci Acioli Silveira, informou que a entidade ainda não foi notificada.

“Nós só tomamos conhecimento da decisão informalmente. Nós só vamos nos posicionar e definir o que fazer após recebermos a comunicação oficial”, explica Darci.

O Executivo Municipal alega que vem negociando com o Sinteal, e que havia demonstrado que não poderia conceder os 7% de reajuste pedidos pela categoria, mas somente 3%, por causa da crise financeira.

A prefeitura alegou também que a greve não cumpriu requisitos legais, como inexistência do edital de convocação de assembleia extraordinária, a falta do encerramento ou frustração das negociações, que ainda estão em andamento, e a manutenção do mínimo necessário de servidores para manter as escolas funcionando.

Fernando Tourinho decidiu por conceder tutela provisória de urgência, declarando a ilegalidade da greve. No texto da decisão, ele alega que a não realização das aulas “acarretará atraso no calendário escolar, prejudicando a educação [no município]”.

Além disso, o desembargador afirma também que a crise apontada pela prefeitura é um impeditivo válido, e que qualquer reajuste deve ser concedido com cautela.

“É importante que o sindicato réu venha a Juízo, inclusive, trazendo propostas concretas e viáveis, viabilizando um acordo amigável, ainda mais se está diante do direito à educação de crianças e adolescentes de nosso município”, conclui Tourinho.

Fonte G1

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