Deficientes físicos fazem protesto em Maceió e pedem cadeiras de rodas fornecidas pelo SUS

Deficientes físicos cobram cadeiras de rodas fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (Foto Reprodução TV Gazeta)

 

Deficientes físicos realizaram um protesto nesta quinta-feira (5) em Maceió para pedir por cadeiras de rodas fornecidas pelo Serviço Único de Saúde (SUS), e menos burocracia do poder público para fornecer o material.

Para chamar atenção para as reinvindicações, os cadeirantes bloquearam um trecho da Avenida da Paz, em frente à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Jaraguá.

“A gente está dando entrada na Defensoria Pública. Estão entregando as coisas para a gente de má qualidade”, reclamou o presidente da Associação dos Cadeirantes, André Dionísio.

A Sesau, por meio do fisioterapeuta Ernesto Veiga, disse que trabalha para atender as reivindicações e que uma reunião com os cadeirantes vai pontuar os problemas para que sejam resolvidos.

“É um problema que nós reconhecemos e estamos trabalhando para resolver o mais rápido possível. É difícil porque depende de recurso, refinanciamento. Na próxima semana terá uma reunião com as instituições, onde eles apresentarão a demanda e, através da apresentação dos casos que não resolveram ainda, nós vamos buscar o aumento do recurso para atender de forma mais ágil esses pedidos”, disse Veiga.

Sobre a queixa das cadeiras não serem adequadas, a defensora pública Ana Karine Brito explica que apenas entra na Justiça solicitando a troca de cadeira, quando ela não condiz com aquilo que o deficiente precisa. Como é o caso de pessoas que têm braços frágeis e precisam de cadeiras elétricas, por exemplo.

“O SUS, o estado, a administração, não é obrigado a fornecer aquilo que a pessoa quer. Ela é obrigada a fornecer aquilo que a pessoa precisa. Então, eu confio na informação do profissional técnico do SUS. Ele avalia o paciente, faz as medidas e manda providenciar a cadeira”, explicou Ana.

Um outro problema também citado no protesto diz respeito a dinheiro liberado pela Justiça para a compra de uma cadeira de rodas. Segundo os manifestantes, a verba foi sacada por um funcionário da Sesau e a cadeira nunca foi comprada.

“A gente já fez duas manifestações na frente da secretaria pedindo o resultado do dinheiro, onde está esse dinheiro e até agora não deram nenhuma posição para a gente”, contou Dinonísio.
A Sesau diz que tem conhecimento do caso e está tomando medidas quanto a isso. “O caso está na assessoria jurídica, estamos tentando resolver, mas de qualquer forma, vai ser disponibilizado um recurso para a compra da cadeira desse usuário citado”, afirmou Veiga.

 

 

Fonte G1

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