O jornalista americano Glenn Greenwald, que ganhou notoriedade após, em parceria com Edward Snowden, levar a público a existência dos programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos, efetuados pela Agência de Segurança Nacional daquele país, entrou em uma discussão com o deputado Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (4), via Twitter.
Ao falar sobre a declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dada também na manhã de hoje, de que Bolsonaro era “competente”, durante análise sobre os possíveis cenários da corrida presidencial para o próximo ano, o jornalista foi criticado por alguns internautas.
Em inglês, ele respondeu dizendo que Bolsonaro era um “cretino fascista” e, dessa vez, teve a postagem compartilhada pelo próprio deputado, que atacou. “‘Do you burn the donuts?’ I don’t care! Be happy! Hugs for you”. Em bom português: “‘Você queima a rosca?’ Não me importo! Seja feliz! Abraços para você!”.
Greenwald, que mora no Rio e é casado com o vereador carioca David Miranda (PSOL), retrucou. “O deputado fascista responde minha crítica com uma nobre referência ao sexo anal gay, sempre em sua cabeça”, escreveu.
Bolsonaro ainda afirmou que o jornalista segue o padrão “vitimista da esquerda”. “Ativista LGBT americano influente me chama de ‘cretino fascista’ de graça e agora chora pq respondi c/ amor e tolerância. Dissimulado!”, disparou o presidenciável.
Greenwald é ganhador do prêmio Pulitzer, o mais importante do jornalismo mundial, e do prêmio Esso, o maior prêmio do jornalismo brasileiro.