Família denuncia negligência médica após bebê nascer morta depois de 18 horas de espera
O sonho de ser mãe da jovem Kerolly Ketlleen de Macedo Bezerra foi interrompido na última quarta-feira (30) após seu trabalho de parto na Maternidade Nossa Senhora da Guia durar mais de 18 horas. Indignada, a família busca justiça após perder a caçula por negligência médica.
De acordo com o cunhado de Kerolly e assessor jurídico da família, Carlos Sandes, mãe e filha foram atendidas deveria ter sido atendida pela médica que acompanhou todo o pré-natal por volta das 6h30 da manhã. Porém, a obstetra não apareceu e até hoje não deu justificativas de sua falta.
Mesmo com a ausência da médica que havia combinado realizar o parto após uma gestação de 41 semanas, considerada avançada, a família não se viu com outra escolha a não ser as de seguir os procedimentos determinados pela equipe médica da maternidade, que afirmou que o parto seria normal e que era preciso esperar a dilatação da mãe chegar a um nível certo para que a bebê viesse à luz.
Após ser atendida por um médico plantonista, Kerolly recebeu uma injeção para provocar sua dilatação, mas sem sucesso. Às 19 horas, houve uma troca de turno e a médica que assumiu o parto resolveu esperar mais, mesmo sabendo que a espera já eram de 13 horas.
Às 22 horas, a obstetra de plantão aplicou mais uma injeção com o propósito de induzir a dilatação de Kerolly. Poucos minutos após ser aplicado o medicamento, a paciente teve complicações. Com dores, suor em excesso e febre, o sofrimento só era ainda mais alongado. Segundo Carlos, a médica chegou a afirmar que o parte seria normal e que a família não se preocupasse pois os profissionais da maternidade só realizavam os melhores procedimentos a saúde do bebê.
Somente por volta das 23h30, após insistência por parte da família, os médicos da maternidade resolveram levar Kerolly para a sala de cirurgia para a realização de uma cesariana. Porém, ao retirar a bebê, foi constatado o óbito. O pai da criança – Thayrone Roark do Nascimento Oliveira – afirmou que ela chegou a ser socorrida, mas sem sucesso.
Segundo Carlos, Kerolly ainda permaneceu internada na maternidade até a última sexta-feira (1) e a certidão de óbito da bebê indicou que as causas de sua morte foram asfixia e aspiração de dejetos fetais como placenta e fezes humanas.
A família irá realizar esta semana o Boletim de Ocorrência contra a maternidade mediante a acusação de assassinato.
Fonte: cadaminuto